O avanço da Indústria 4.0 tem feito com que as empresas iniciem um movimento de investir mais em tecnologia, além da otimização e integração entre os processos. Nesse sentido, podemos ver também a evolução da transformação digital na logística e todos os benefícios que vêm com ela.
Neste artigo, vamos explicar melhor esse assunto, mostrando essa relação e por que as empresas precisam investir nessa transformação dentro da logística e da cadeia de suprimentos. Continue a leitura e amplie seus conhecimentos sobre o tema agora mesmo!
A transformação digital diz respeito ao maior investimento em tecnologia nas empresas, integrando-a a diversos processos e promovendo a automatização das mais variadas rotinas. Dessa forma, os fluxos de trabalho se relacionam mais diretamente com esse ambiente digital.
Porém, para que ela seja adotada na prática, não basta investir em sistemas e ferramentas tecnológicas. É necessário promover uma mudança cultural e, principalmente, na forma como as rotinas são executadas. Aí, deve-se entender que a tecnologia deixa de ser apenas um suporte e passa a ter um papel mais estratégico.
As consequências disso são algumas mudanças no modelo de negócios, que passa a ficar mais voltado para a modernização, a inovação e o crescimento que essa transformação proporciona para as empresas.
A atuação da transformação digital na logística afeta diversos processos — como é de se esperar — e contribui para que as organizações se coloquem rumo ao patamar da chamada logística 4.0. Veja, a seguir, como as mudanças ocorrem na prática.
As tecnologias permitem que as empresas vão além do uso do GPS para fazer o monitoramento de frotas. Agora, é possível contar com ferramentas que ajudem a acompanhar o comportamento do motorista, conhecer as condições de trânsito e identificar as características do veículo (como é o caso da telemetria).
Caso esses recursos sejam aliados a softwares voltados para a análise dos gestores, fica mais fácil identificar possíveis problemas e adotar ações para se antecipar a eles — o que os torna mais eficazes.
Com as informações corretas, a empresa passa a gerar mais conhecimento, e os líderes podem tomar decisões cada vez mais ágeis e acertadas. Como consequência, é possível observar diversos benefícios, como a diminuição das ineficiências e a redução dos custos operacionais.
A contratação e a gestão de frete também são beneficiadas com a transformação digital na logística. Por meio de sistemas de transporte (como o TMS), você consegue solicitar e monitorar um serviço com mais eficácia.
Assim, desde o momento da solicitação até o pagamento da fatura, tudo é acompanhado com a ajuda da tecnologia, além da possibilidade de integrar os processos com os embarcadores e fazer a troca automática das informações a respeito dos conhecimentos de transporte e dos documentos para pagamento, por exemplo.
Apesar de ser um setor que lida com rotinas altamente operacionais, o controle de estoque tem um papel fundamental para que a organização alcance bons resultados financeiros (principalmente em relação aos custos) e em vendas.
Nesse sentido, a transformação digital na logística se torna uma grande aliada das gestões eficientes. O motivo disso é o investimento em soluções que ajudem a controlar cada vez mais as rotinas do setor.
Por meio delas, torna-se possível:
As informações atualizadas ajudam a identificar qualquer discrepância no estoque e permitem que o problema seja rapidamente solucionado. Quanto mais rapidamente a falha for apontada, maiores serão as chances de identificar o problema e adotar uma ação eficaz para que ele seja sanado.
Indo além das melhorias que ocorrem nos setores, individualmente, a transformação digital na logística também ajuda a aprimorar a integração entre equipes e as diversas áreas do negócio — sem contar o ganho de sinergia entre os parceiros de negócios.
Com isso, é possível contar com soluções que ajudem a integrar os processos e promover uma comunicação mais eficiente, por meio do compartilhamento de informações relevantes para a execução dos processos.
Dessa forma, os setores de vendas e estoque trocariam dados em tempo real a respeito do estoque disponível e da previsão de demanda. A partir daí, o setor de compras seria acionado (caso seja necessário fazer a reposição de alguns itens) e, por sua vez, repassaria as informações para os fornecedores.
Ter informações sobre os diversos aspectos ligados a uma operação é fundamental para que se faça um bom trabalho. Porém, de nada adianta uma base de dados extensa se as equipes não sabem o que fazer com eles para gerar o conhecimento necessário para a empresa.
Nesse sentido, investir ferramentas como o big data e o business intelligence é a melhor estratégia. Enquanto o primeiro ajuda a capturar um volume massivo de dados, o segundo permite trabalhar as informações para que elas se traduzam em inteligência logística.
A agilidade nos processos é uma das palavras-chave para uma logística bem-sucedida — desde que eles sejam executados de forma acertada, é claro. E, graças à tecnologia, tudo isso se torna possível: os fluxos de trabalho ficam mais dinâmicos, o que se reflete até a ponta, ou seja, no atendimento aos clientes.
A rapidez na execução dos fluxos de trabalho é um dos fatores que influenciam diretamente a alta da produtividade, visto que mais tarefas são executadas dentro do mesmo intervalo de tempo.
Isso também está ligado à agilidade no acesso que se tem às informações e ao processo de decisão de um gestor — que, com todos os dados em mãos e em tempo real, passa a oferecer respostas ainda mais rápidas para as demandas que surgem.
Enquanto conseguimos ver diversas inovações tecnológicas na logística, as preocupações em relação à segurança também vão aumentando. Se, antes, as atenções estavam voltadas para questões ligadas aos documentos (possibilidade de ter algum acesso indevido ou o risco de eles não serem salvos), agora, o foco está ainda mais voltado para a proteção.
Porém, as empresas desenvolvedoras investem bastante em segurança, de forma a evitar possíveis invasões ou acessos que não foram devidamente autorizados.
A transformação digital na logística, com o investimento em novas tecnologias, contribui para que os processos se tornem mais eficientes e os custos operacionais sejam reduzidos. Isso, por si só, já é um grande passo para aumentar a competitividade da empresa no mercado.
Esse destaque é ainda maior quando se sai na frente dos concorrentes — que podem ter um grau de maturidade digital menor ou sequer ter atentado para a necessidade de se investir mais em tecnologia e os benefícios que essa estratégia proporciona para o negócio.
Isso, sem contar que quanto mais competitiva a sua empresa se torna, maiores são as chances de conquistar uma fatia maior do mercado e ampliar seu crescimento.
Outra grande possibilidade da transformação digital na logística é fornecer informações atualizadas para os clientes a respeito de seus pedidos. Com essa estratégia, a empresa aumenta o nível de transparência nas relações e torna os processos ainda mais confiáveis.
Isso pode ser um fator de peso na hora das negociações e na conquista de um novo contrato ou de uma nova compra. Assim, se você deixa de investir nessa possibilidade, corre o risco de perder o cliente ou sobrecarregar o setor de atendimento apenas com compradores que desejam saber informações sobre seus pedidos.
Avaliando o panorama do investimento em tecnologia no Brasil, ainda estamos em fase de desenvolvimento — quando comparados a outros países, que já estão vivenciando a Indústria 4.0 por meio da adoção de ferramentas disruptivas e inovadoras.
Isso quer dizer que as empresas aqui já investem em soluções tecnológicas, mas ainda têm um grande caminho a percorrer até fazer parte, verdadeiramente, dessa Quarta Revolução Industrial.
Trazendo para o contexto da transformação digital na logística, vemos empresas se esforçando para investir cada vez mais em softwares e automação. Contudo, ainda é necessário um amadurecimento no que diz respeito à questão cultural.
Como dito, essa transformação requer uma mudança na forma como a tecnologia é vista e utilizada, adotando mais um papel de protagonista, e não apenas de suporte na execução das tarefas rotineiras — e isso inclui até mesmo as empresas de maior porte.
No geral, podemos definir a logística 4.0 como um novo patamar da logística tradicional. Nessa evolução, a principal premissa envolve a necessidade de se investir em tecnologia para conseguir aprimorar os resultados e tornar a empresa mais competitiva — aumentando a possibilidade de obter uma fatia maior do mercado (o market share).
A ideia da logística 4.0 também está diretamente ligada à de indústria 4.0, visto que, em todos os casos, o foco é promover a tecnologia como grande aliada do crescimento e da expansão empresarial. Dessa forma, pode-se dizer que a tendência é que os processos sejam cada vez mais automatizados.
Tudo isso é possível graças ao uso de tecnologias como:
Dessa forma, como você pode ver, os três conceitos estão muito relacionados. O objetivo é tornar toda a operação mais conectada — o que envolve as máquinas, os colaboradores e até mesmo os parceiros de negócios.
Quando falamos de tendências, podemos esperar bastante coisa ligada à automação na logística, mas também há algumas mudanças voltadas para os processos e a relação com os parceiros de negócio. A seguir, explicamos melhor essas questões.
A logística integrada consiste, como o nome sugere, na integração entre todos os processos que a envolvem. Em outras palavras, isso vai desde o recebimento dos produtos até o envio deles para os clientes.
Por meio da tecnologia, agora os dados são automaticamente compartilhados entre pessoas e setores. Isso facilita bastante o trabalho de acompanhamento e contribui para que as equipes se tornem mais proativas.
Exemplificando: o setor de compras consegue acompanhar de perto as movimentações do estoque e sabe quando é necessário acionar o fornecedor — antes que os itens fiquem indisponíveis e, ao mesmo tempo, evitando que haja o excesso de mercadorias.
Sem o suporte da tecnologia, esse procedimento seria muito burocrático: as equipes responsáveis pelo controle do estoque teriam que monitorar bem de perto a movimentação dos itens no armazém, emitir uma ordem de compra e enviá-la para o setor de compras, para que, só então, fosse feito o pedido para o fornecedor.
No que diz respeito à cadeia de suprimentos — supply chain —, estamos lidando com diversos processos que vão de uma ponta a outra. Ou seja, desde o momento em que os produtos são produzidos até a hora em que os clientes finais os recebem.
De modo geral, tudo está voltado para um propósito (independentemente de qual seja o papel da empresa nessa cadeia): satisfazer as necessidades e a expectativa do público.
Quando se alcança um alinhamento estratégico entre todos os elos da supply chain, aumentam as chances de obter sucesso nas operações, diminuir os custos, obter ganhos em eficiência e ampliar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos — independentemente de qual seja a responsabilidade da organização dentro dessa cadeia.
Agora, falando da tecnologia e de seu papel dentro da transformação digital na logística, podemos dizer que temos recursos com uma gama de funcionalidades e, consequentemente, cada vez mais completos.
Os sistemas de gestão integrada, por exemplo, promovem a integração entre setores e ainda contribuem para otimizar a comunicação (mesmo quando ela é feita externamente, como é o caso da relação com fornecedores).
Assim, em uma única solução, consegue-se ter acesso a diferentes dados e rotinas, como:
Ainda vale a pena citar a integração entre as próprias tecnologias, que permitem realizar um intercâmbio das informações — independentemente de quais sejam a empresa responsável pelo desenvolvimento do software e a organização que utilizará a ferramenta.
Uma ferramenta de business intelligence está voltada para a coleta, organização e análise de dados — além de, em muitos casos, viabilizar o monitoramento e a ação para que as melhores decisões sejam tomadas. Como o nome sugere, contribui para aumentar a inteligência de negócios.
Porém, quando abordamos o termo de maneira mais ampla, ele não se limita a uma tecnologia: também diz respeito a um conjunto de processos que visam obter e entregar a informação ideal para a pessoa certa e no momento em que ela se faz necessária.
A inteligência artificial já está sendo muito utilizada em diversas áreas e está intimamente ligada ao aprendizado de máquinas (machine learning). Com essa combinação, é possível utilizar sistemas que não só automatizem rotinas, como também ajudem a aprimorar os processos e resultados.
Na logística, por exemplo, isso pode ser visto no planejamento de rotas. Sempre que se faz o registro das preferências e recomendações no sistema, a própria ferramenta pode indicar quais são os melhores trajetos — do ponto de vista de custos, prazos e segurança no percurso, por exemplo.
À medida que novas informações vão sendo traduzidas, o algoritmo trabalha para oferecer respostas ainda mais acertadas. Então, depois de um tempo, o sistema vai adquirindo mais conhecimento para fazer esse tipo de recomendação e contribuir para aperfeiçoar os resultados obtidos com as operações.
A ciência de dados diz respeito ao estudo e à análise de um volume massivo de informações e à busca que se tem para interpretá-los e obter o entendimento sobre determinada questão.
Com ela, fica mais fácil analisar fontes de dados distintas e, posteriormente, conseguir fazer uma relação entre elas — tudo isso de maneira bem rápida.
É o caso do big data, que captura e processa grandes quantidades de dados oriundos das mais distintas fontes (textos, vídeos e áudios, por exemplo). As consequências disso são o aumento do conhecimento sobre o mercado e as operações, ampliando a inteligência competitiva da empresa.
A computação em nuvem tem deixado, cada vez mais, de ser uma tendência e vem se consolidando nas empresas — auxiliando a promover a transformação digital não só na logística, como em todos os outros setores de uma empresa.
Nela, as informações e os sistemas ficam armazenados em um servidor remoto, o que se chama de nuvem. Com isso, eles passam a ficar acessíveis de qualquer lugar, a qualquer momento. Basta que a pessoa tenha um dispositivo compatível e acesso à internet.
Já podemos ver muitos sistemas baseados nesse modelo (os chamados SaaS), que ficam disponíveis na nuvem e, por isso, não requerem a compra de licenças para ser instalados em cada máquina.
Essa tecnologia é ainda mais vantajosa quando falamos da gestão de equipes remotas. É por meio dela que os motoristas conseguem enviar atualizações sobre quaisquer ocorrências que surgirem durante o transporte, por exemplo.
Como você já deve estar imaginando, a transformação digital proporciona diversas vantagens para a logística e para as empresas. Nos próximos tópicos, apresentamos as principais delas.
O investimento em tecnologia é um excelente meio de diminuir os custos operacionais. Isso se dá graças a melhorias como:
A maior vantagem disso é que esses gastos são reduzidos de forma sustentável. Ou seja, o risco de se sofrer com a queda da qualidade em decorrência dessa diminuição é bem pequeno — visto que não se envolve, diretamente, um processo decisório, como seria o caso de escolher trocar de fornecedor.
A adoção de ferramentas tecnológicas promove um aumento do controle sobre os processos. Assim, os gestores passam a ter maior visibilidade a respeito de tudo (ou quase) que acontece nas operações.
A partir disso, fica mais fácil identificar problemas e ineficiências praticamente em tempo real, o que também permite uma resposta rápida no que diz respeito à adoção de ações corretivas ou de melhorias.
O ganho de produtividade está relacionado à eficiência: as equipes passam a produzir mais dentro do mesmo período de tempo. Além disso, também não podemos deixar de citar a eficiência, já que, com a diminuição do índice de erros, os colaboradores ficam mais tempo dedicados a executar as tarefas (e menos a corrigir ou resolver problemas).
A tecnologia ajuda a tornar os processos mais acertados e eficientes, o que não seria diferente com as decisões que são tomadas pelos gestores. Isso é possível graças ao aumento do controle sobre as tarefas, à melhoria no planejamento e ao acesso a informações relevantes para a empresa.
Como sabemos, fazer boas escolhas é fundamental para que a organização se torne mais eficiente, aumente a inteligência de mercado e a competitividade e consiga entrar em ritmo de crescimento.
Com todas as modernizações e melhorias que ocorrem na empresa por meio da transformação digital, consegue-se perceber um salto na qualidade dos serviços que são oferecidos. Isso tem como consequência o aumento da satisfação dos clientes.
Esse benefício é a soma do aperfeiçoamento que ocorre nas operações, o que envolve:
Contudo, apesar de todas as melhorias, vale destacar que entender os clientes e atender suas necessidades ainda é o fator mais importante para se conquistar um alto nível de satisfação e conseguir fidelizá-los.
Como pudemos ver, a transformação digital na logística tem um papel central no que diz respeito à melhoria dos processos e dos resultados que a empresa alcança. Porém, ela precisa ser encarada como uma quebra de paradigma e demanda mudanças mais profundas — e não apenas o investimento em tecnologias de forma isolada.
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