O preço do diesel é um dos custos que mais impacta os negócios das transportadoras. Assim, fazer o controle de combustível de forma adequada é um fator de competitividade.
Nesse contexto, a solução é entender de que maneira fazer um controle de combustível eficaz, evitando desperdícios. Quer descobrir como? Então, acompanhe as dicas de nosso post!
Para um gestor de frotas, o combustível e os custos operacionais e de manutenção são verdadeiros pontos críticos, que precisam de atenção redobrada. Procurar o melhor preço entre os fornecedores do mercado nem sempre é uma opção segura, em função da quantidade de irregularidades existentes.
No entanto, com a constante flutuação de preços do insumo e as incertezas da economia, que impactam diretamente no número de viagens ou de veículos parados, o controle cuidadoso faz toda a diferença para manter o fluxo de caixa da empresa e os seus resultados financeiros.
Ao fazer um controle adequado do consumo de combustíveis, o gestor consegue, por exemplo, observar o desempenho de cada veículo em determinadas rotas e prever de forma correta o custo por quilômetro, o que significa maior rentabilidade e facilidade de envio de orçamentos e também maior produtividade.
O combustível é essencial para o transporte de cargas, uma vez que sem ele não é possível realizar os fretes. Mas com os preços do diesel e da gasolina cada vez mais caros, é essencial realizar um bom controle das despesas para garantir a economia de recursos.
Se o controle de combustível não for devidamente registrado, a margem de lucro das transportadoras pode cair cada vez mais.
Cortar as despesas com gastos de combustíveis não é possível, então o melhor é fazer o possível para que esta despesa diminua. O controle de combustível serve para gerenciar os gastos dos veículos com combustível, ajudando a diminuir os custos e aumentar a eficiência.
Mas também serve para analisar o consumo, desempenho dos veículos, programar gastos e planejar ações assertivas.
Entretanto, além da informatização do negócio, existem algumas dicas práticas que podem ser incorporadas ao negócio:
Ao fazer a manutenção preventiva e preditiva em dia, é possível detectar eventuais falhas mecânicas e desgastes que poderiam levar o veículo a consumir mais combustível.
Nunca adie a manutenção preventiva do veículo. Mesmo que ele não apresente problemas aparentes, é importante verificar se existem desgastes em peças ou resíduos no tanque, que possam fazer com que o consumo de combustível aumente.
Por isso, tenha atenção aos prazos de manutenção e verifique todos os detalhes relativos ao veículo, das condições dos pneus até possíveis danos nas peças do motor ou sistema de frenagem.
Preste atenção no estado dos pneus e na calibragem deles. Pneus murchos apresentam mais atrito com o solo, dificultando a rolagem, o que faz com que mais combustível seja consumido. Parece um mínimo detalhe, mas o consumo de combustível aumenta em até 20% se os pneus não estiverem devidamente calibrados.
Vale destacar que a calibragem adequada dos pneus é essencial, pois se houver pouca pressão, o veículo apresenta maior resistência ao rolamento, o que força o motor a consumir mais combustível. O correto alinhamento das rodas também faz toda a diferença.
Você sabia que ao sobrecarregar o veículo, com a intenção de supostamente economizar com a quantidade de viagens, a tendência é de que o consumo de combustíveis aumente? Manter o controle adequado de cargas é fundamental para evitar o desperdício do insumo, além de afastar o risco de comprometimento mecânico.
Quando o veículo está carregado, o motor precisa de mais força para levar a carga, o atrito dos pneus também aumenta e por consequência o consumo de combustível também. Então, carregar mais o veículo para economizar nas viagens, pode não ser uma boa ideia, uma vez que o veículo irá consumir bem mais combustível. Sem falar do maior desgaste das peças, maior chance de problemas, riscos de acidentes e talvez a pior de todas: multas por excesso de peso.
Nunca rode com excesso de carga nem com as embalagens armazenadas de forma inadequada. Isso pode causar mais peso de um dos lados do veículo e, além de aumentar o risco de acidentes, também causar sobrecarga no motor.
Quando o motorista consegue manter a velocidade equilibrada ao longo do trajeto (ou na maior parte dele), a demanda por combustíveis também é menor. A razão disso é que, quanto menos frequentes são as alterações de marcha, menor a ocorrência de mudanças no giro do motor, preservando o consumo constante.
Vale lembrar que freadas bruscas ou aceleração excessiva (especialmente em locais de aclive) contribuem para aumentar o consumo de combustíveis. Alguns modelos de caminhões, inclusive, têm uma marcação verde no tacógrafo, que mostra qual a rotação ideal para o veículo. Quando o motorista conduz dentro dessa faixa, o consumo de combustível é o ideal.
A definição do trajeto também faz muita diferença para a economia de combustível. A razão disso, como vimos, é que a velocidade constante é um fator importante de redução do consumo. Assim, mesmo que uma rota seja menor (com menor quantidade de quilômetros), as condições da pista fazem grande diferença.
Por exemplo, se for uma rodovia sinuosa, com aclives e declives, certamente o veículo passará por variações de velocidade. O mesmo vale para rotas em que existem trechos urbanos, com possível circulação de pedestres e restrição de velocidade. Além disso, optar por horários em que o trânsito flui de forma mais tranquila, sem congestionamentos, é uma estratégia para gastar menos.
Às vezes, em uma tentativa de evitar os custos com pedágio, os transportadores podem optar por rotas mais longas. Ou até mesmo, optar por rotas mais curtas, mas com condições mais precárias.
Rotas mais longas ou precárias por certo resultam em aumento de combustível e prejuízo ao transportador. Aqui também entram os mesmos aspectos apontados no item de controle de peso, que é o desgaste do veículo e a maior chance de problemas.
Ao traçar as rotas dos veículos, avalie os postos de serviços presentes no trajeto. Escolher somente em função do preço é um grande erro, pois combustíveis fora de especificação podem danificar peças do motor e causar grandes despesas com manutenção, além do risco de perda de cargas perecíveis — caso o caminhão precise de reparos urgentes, durante a viagem.
Em caso de dúvida, o motorista deve ser orientado a solicitar que o posto faça o teste volumétrico, na hora do abastecimento. Importante esclarecer que a legislação do Inmetro permite uma pequena variação no volume de combustível fornecido ao consumidor, que é de 60 ml a menos ou 100 ml a mais.
No Brasil, existem dois tipos de diesel, o S500 e o S10, cuja diferença é o teor de enxofre e o preço — o S10 é mais caro.
Então, seria uma boa ideia abastecer somente nos postos que comercializam o S500, com valor menor? Não, a resposta é negativa. Apesar de o preço desse combustível ser mais barato, ele não é indicado para todos os veículos. Caminhões fabricados depois de 2012 devem, obrigatoriamente, utilizar o S10, pois o seu motor é otimizado para isso.
O uso de S500 deve ser apenas eventual, caso realmente exista a necessidade (não houver alternativa e o veículo precisar abastecer com urgência). Como o S500 pode causar danos, sua utilização compromete a garantia do caminhão e ainda encarece os custos de manutenção.
Ao definir qual combustível utilizar, avalie todos esses detalhes. Veículos mais antigos podem rodar com qualquer um dos tipos de diesel, embora o S10 proporcione mais benefícios. Os novos, porém, podem apresentar problemas e, com isso, terem a perda de garantia.
Além de escolher com critério os locais para abastecer, é fundamental que tanto a transportadora quanto o motorista adotem alguns cuidados. Por exemplo, se o veículo for ficar parado por algum tempo (seja para manutenção, seja por ociosidade da empresa), o combustível no tanque pode sofrer degradação.
Outro caso frequente é quando o veículo permanece muito tempo estacionado em locais com incidência direta de sol. O calor pode fazer com que parte do combustível evapore. Quando esse vapor se condensa, há risco de comprometer a qualidade do biodiesel, que absorverá a umidade.
Oriente a equipe para que o abastecimento seja feito na parte da manhã. Ao longo do dia, o calor e os raios de sol incidentes nos tanques subterrâneos de armazenamento de combustíveis podem fazer com que ocorra uma dilatação volumétrica. Quanto mais frio, maior a densidade do produto (tanto gasolina quanto diesel). Portanto, é melhor encher o tanque mais cedo.
Não aguarde o tanque do veículo ficar na reserva antes de reabastecer, já que isso pode fazer com que exista mais espaço para o combustível evaporar. No caso do diesel, essa recomendação é especialmente importante, pois, como explicamos, o biodiesel pode absorver a umidade e, com isso, formar resíduos prejudiciais.
É comum vermos notícias sobre adulteração de combustível, sendo que infelizmente esta é uma prática comum em vários postos e acaba provocando o aumento no consumo do combustível, sem falar que a má qualidade do combustível pode comprometer o funcionamento do veículo. Por isso, é importante abastecer em um posto confiável que ofereça um combustível de qualidade.
Com um bom controle de combustível, você poderá analisar quais combustíveis, e de quais postos, foram os que tiveram um rendimento melhor.
É importante conhecer os motoristas e a forma como cada um deles dirige, pois fatores como velocidade, rotação do motor, e até mesmo uso do freio e embreagem podem influenciar o consumo de combustível.
Sabendo quais veículos e motoristas são mais econômicos ou que possuem um melhor desempenho, é possível planejar os custos e entender que nem sempre uma mesma rota irá gerar o mesmo número de despesas.
O ideal é ter informações registradas de quilometragem, combustível, manutenções, viagens, e o máximo de informações possíveis sobre os veículos. Com essas informações é possível obter relatórios e analisar os dados para verificar o que pode estar consumindo mais ou menos combustível.
Você pode criar uma rotina de verificação dos dados, seja mensalmente, anualmente ou conforme a necessidade de sua empresa. Essa verificação é importante, pois vai te mostrar o que está gerando mais custos em sua empresa e pode servir como uma boa fonte de análise.
Nesse momento, um sistema de gestão para transportadoras pode fazer muita diferença tanto na facilidade de registrar dados quanto contar com relatórios para analisar posteriormente.
Se você deseja saber outras dicas sobre controle de combustível, assista o vídeo da Bsoft no YouTube:
A resistência do ar também contribui para que o consumo de combustíveis seja maior. Isso acontece em função do vento, que exerce pressão contrária ao movimento do veículo, fazendo com que o motor seja mais exigido, consequentemente utilizando mais combustível.
Para reduzir esse problema, o ideal é que sejam instalados defletores de ar superiores, laterais e traseiros no caminhão, além de calotas para as rodas dianteiras e traseiras. Outra dica para diminuir a resistência do ar é que os veículos rodem sempre com os vidros fechados — porém, se para isso for necessário ligar o ar-condicionado, não existe tanta vantagem.
As dicas anteriores não darão certo se não existirem pessoas capacitadas para realizar o trabalho. É importante instruir os motoristas sobre tipos de veículos, tipos de combustíveis, o que faz o veículo consumir mais ou menos.
Por meio dos controles adequados, por exemplo, é possível detectar quais veículos consomem mais combustível, em quais rotas e com quais motoristas. Em alguns casos, essa análise permite identificar problemas pontuais no trajeto (obras ou acidentes, por exemplo). Em outros, a questão pode ser a forma como o profissional conduz o caminhão. Nesse caso, vale investir em treinamento.
Existem alguns mitos que ainda circulam entre os motoristas, que não apenas não funcionam para a economia, como também colocam o veículo, seus ocupantes e a carga em risco. Um deles é a chamada “descida na banguela”, ou seja, o fato de aproveitar um declive para desengrenar o veículo, o que teoricamente contribuiria para reduzir a quantidade de combustível.
Esse mito vem do tempo em que os veículos usavam carburador. Atualmente, com a injeção eletrônica, o sistema mantém a quantidade de combustível para que o veículo permaneça em ponto morto, diferentemente de quando está engrenado, em qualquer marcha.
Outras questões relacionadas ao desempenho do motorista, que podem afetar o consumo de combustíveis, são o excesso de velocidade, que pode levar a frenagens bruscas, além de paradas em pontos fora da rota.
Ao fornecer esse cartão para o profissional, é possível reduzir custos, gerenciando de forma mais eficiente as despesas da viagem, com a possibilidade, inclusive, de limitar determinados gastos.
Por exemplo, com o uso do cartão, a transportadora pode restringir as despesas somente ao pagamento de combustíveis, não incluindo outros eventuais gastos nos postos, como compras em lojas de conveniência ou em restaurantes ao longo do trajeto.
O controle feito por meio de um cartão específico permite que o gestor acompanhe, pelo sistema, quando e onde o motorista abastece, certificando-se de que está seguindo as orientações da transportadora acerca dos pontos de parada, inclusive obedecendo à legislação trabalhista, que determina os períodos de descanso, para a própria segurança do condutor.
Grandes consumidores, como é o caso das transportadoras, têm autorização para manter um ponto de abastecimento (PA), conforme as regras estabelecidas pela ANP. Para entender a vantagem disso, é preciso saber como funciona a cadeia convencional de abastecimento.
Quando a transportadora tem um PA, compra o combustível diretamente da distribuidora, o que significa que o valor acaba sendo um pouco menor, pois seus veículos não precisam passar pelo último elo da cadeia, que é o posto.
No entanto, o PA deve seguir uma série de regras de instalação e cuidados de segurança, para evitar o risco de acidentes ou vazamentos que possam contaminar o solo e as águas subterrâneas — o que levaria a contaminação para regiões maiores do que o local de instalação do PA.
Além de garantirem maior segurança, emitindo alertas em caso de veículos que eventualmente saiam da rota ou façam paradas suspeitas, os sistemas de monitoramento permitem outros controles, que ajudam indiretamente na gestão do consumo de combustíveis:
Veículos mais antigos, além de demandarem mais problemas com manutenção, tendem a consumir mais combustível. Apesar da necessidade de investimento para a renovação, uma frota mais moderna é mais segura e econômica.
As montadoras estão investindo, cada vez mais, em eficiência energética, por determinação das exigências do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que estabelece limites bastante restritos de emissões veiculares. Assim, além de mudanças nos sistemas de pós-tratamento de gases e de catalisadores, tais veículos também tendem a consumir menos combustível.
Para saber se está na hora de substituir sua frota (ou parte dela), o ideal é calcular quantos quilômetros cada veículo faz por litro, quais as despesas com manutenção preventiva e também quanto tempo permanecem parados em função de manutenções corretivas.
O cálculo de tais dados, em um determinado período, ajuda a empresa a decidir se realmente o veículo está trazendo despesas, o que mostra a necessidade de substituição. Para fazer o registro e ter uma análise correta, os softwares de gestão são essenciais.
Como você percebeu, existem muitos controles que devem ser feitos, diariamente, pelo gestor da transportadora: cuidados com o carregamento do caminhão para não exceder o limite de carga, verificação do desempenho do motorista e ações de capacitação, negociação de melhores preços com os fornecedores, atendimento de prazos, manutenção de frota, entre outros.
Contar com softwares específicos ajuda muito na hora de fazer o controle de combustível de sua frota. Além disso, eles contribuem para melhorar a gestão do negócio, identificar falhas, aumentar a produtividade, reduzir perdas, entre outros benefícios.
A melhor maneira de fazer isso é por meio de sistemas automatizados, que permitem a visão global dos detalhes do negócio, inclusive contribuindo para o melhor controle de combustível de toda a frota. Existem softwares que ajudam em toda a gestão da administradora, além da gerência comercial, emissão de documentos, rastreamento veicular, status de entrega, por exemplo.
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