A gestão de riscos na logística é um assunto prioritário, uma vez que os problemas que, por ventura, aconteçam a essa cadeia afetam a produtividade da empresa como um todo. Entre todas as suas etapas, a segurança no transporte é um aspecto desafiador. Como a atividade de movimentação de carga pressupõe a coordenação de operações internas e externas, o controle deve ser preciso e rigoroso para que tudo corra bem.
Nas estradas, os imprevistos são muitos, e as consequências podem ser críticas para a performance na logística de uma empresa. Nesse caminho, transportadoras precisam se preparar para contornar os dilemas frequentes na gestão de transportes.
Entre tantas soluções, iniciativas como investimento em inovação e automatização do controle e da comunicação são exemplos de ideias capazes de aprimorar os processos e reduzir perdas e riscos.
Ao longo deste post, vamos falar mais a fundo sobre a questão da segurança no transporte. Aqui, você conhecerá os principais perigos dessa atividade, as melhores práticas de defesa, a importância da tecnologia e como evitar certos erros comuns. Então, não perca a oportunidade de ficar bem informado e continue a leitura!
O que torna a gestão de transportes de carga tão complexa é que a transportadora precisa considerar fatores internos e externos que afetam essa operação. Por isso, administrar riscos é fundamental.
A ideia é conhecer todos os contratempos — e seus efeitos — que podem ocorrer e se planejar para minimizar ao máximo esses problemas e assegurar a integridade de todos os elementos envolvidos: os motoristas, os veículos, as mercadorias e os processos da empresa. Entenda melhor:
São os colaboradores da empresa que carregam a enorme responsabilidade de cuidar e conduzir a carga ao seu endereço final. Durante o trajeto, estão expostos a acidentes, assaltos e outros transtornos que afetam seu estado físico e psicológico.
Logo, é importante que a transportadora reflita sobre meios para contornar a vulnerabilidade dessa jornada e oferecer proteção aos seus funcionários.
Garantir que os produtos transportados cheguem ao seu destino em perfeitas condições e dentro do prazo combinado é crucial. Caso isso não aconteça, a transportadora viola, de certa maneira, o acordo com o seu contratante, que ficará muito insatisfeito.
Além de lidar com isso, casos de artigos quebrados, estragados ou com outros danos podem significar prejuízo financeiro para o negócio e, também, a perda de clientes.
Com relação aos veículos, eles são ativos da empresa, valem dinheiro e representam um grande investimento. Portanto, tornar a movimentação de cargas mais segura é cuidar para que eles não se danifiquem.
Caminhões ociosos ou avariados prejudicam o negócio de diversas formas: primeiramente, elevam os custos com manutenção. Ao mesmo tempo, limitam o fluxo operacional e a capacidade da transportadora, que terá de fazer menos entregas com uma frota reduzida.
Analisando todos os fatores acima, vemos que uma transportadora perde muito quando sua distribuição de cargas é insegura: pode acontecer de não dispor de um determinado número de colaboradores ou veículos para cumprir a rotina de trabalho, ter altas despesas inesperadas e ainda desagradar seu cliente final — e, desse jeito, chegar a perdê-lo e ter sua reputação comprometida.
Portanto, a segurança no transporte é algo imprescindível para que a empresa explore todo seu potencial produtivo e não sofra baixas. Imprevistos são, quase sempre, inevitáveis. No entanto, com uma gestão proativa e inteligente desse setor, é possível minimizar seus impactos e ser mais eficiente.
Como vimos até então, diferentes circunstâncias podem comprometer a movimentação de cargas. Compreendê-las é o primeiro passo para elencar as melhores soluções e saber como amenizá-las. Conheça agora os 6 principais riscos da gestão de transportes e fique por dentro:
Diversos casos de acidentes e problemas nas estradas acontecem porque o motorista em questão não era bem treinado ou tinha conhecimentos defasados. A movimentação de cargas é uma atividade de alta responsabilidade, por isso, os condutores devem dominar boas práticas de direção e reciclar continuamente noções sobre o assunto.
Simultaneamente, transportadoras devem estar atentas na hora da contratação e ter certeza de que conta sempre com profissionais hábeis, sérios e experientes.
Além da falta de conhecimento técnico, comportamentos negligentes e imprudentes desfavorecem a segurança no transporte. Lamentavelmente, acidentes corriqueiros — e, por vezes, fatais — são consequência de atitudes inadequadas, como o hábito de dirigir falando ao celular, embriagado ou com extrema fadiga.
Nesse último caso, vale lembrar que a Lei 13.103/2015 — conhecida como Lei do Motorista — determina regras sobre a jornada de trabalho desse profissional. O intuito é que as transportadoras planejem suas viagens, tanto as de média como as de longa distância, de modo que o condutor não passe horas excessivas atrás de um volante. Logo, cabe à empresa orientar seus colaboradores a:
Todos esses aspectos fazem diferença para que a pessoa não perca a concentração e o reflexo enquanto está dirigindo.
Por mais habilidoso que seja o motorista que você contratou, existem outros condutores imprudentes nas vias que podem atrapalhar seu trabalho. Somado a isso, questões como estradas em péssimas condições e intempéries também são obstáculos que fogem do controle e do talento de um profissional.
Excesso de peso, mercadorias mal acomodadas ou veículos inadequados para a função que exercem são outras fontes habituais de acidentes. Falhas como essas acarretam problemas como tombamento de caminhões e avarias com os produtos. Além disso, o funcionamento do carro pode ficar comprometido.
A manutenção de caminhões é um item que deve ser levado a sério. Para que as viagens sejam bem-sucedidas, as checagens dos veículos precisam estar em dia.
Automóveis com problemas técnicos podem causar acidentes, no entanto, não é só isso: em diversos casos, os motoristas se encontram em uma situação na qual são obrigados a fazer paradas de emergência em oficinas clandestinas — que podem danificar o veículo e, inclusive, cobrar preços abusivos pelos reparos — ou estacionar no meio do caminho. Ao fazer isso, colocam em perigo sua segurança e a da carga (e a de outras pessoas, claro).
Infelizmente, a realidade das estradas brasileiras não é favorável. Casos de assaltos e de violência nas vias são corriqueiros e é praticamente impossível prever quando ataques desse tipo vão acontecer.
Portanto, todo cuidado é pouco, uma vez que são muitas histórias diferentes de armadilhas criadas por criminosos: alguns lançam pedras, outros tentam furar os pneus para forçar uma parada etc.
Assim, transportadoras necessitam educar motoristas com boas práticas e investir em tecnologias de monitoramento para evitar atribulações mais sérias.
Uma transportadora, que depende da movimentação e distribuição de cargas para que seu negócio funcione, deve considerar a segurança no transporte um aspecto indispensável. Agora que você conhece os principais riscos do setor, entende como lidar com esse segmento é desafiador.
Por isso, levantar o máximo de informação sobre o assunto é a melhor maneira para traçar estratégias inteligentes. Confira, agora, 5 dicas para elevar a seguridade das suas operações:
Abordamos aqui como a imprudência e a falta de qualificação são causas usuais de acidentes e danos. Portanto, uma forma simples de resolver isso é fornecer treinamento para seus motoristas.
É uma boa ideia promover a segurança no transporte é aulas para que os profissionais aprendam mais sobre técnicas de condução mais modernas bem como noções básicas de manutenção e cuidado com os veículos. Dessa maneira, eles serão capazes de resolver pequenos contratempos sem precisar interromper a viagem por muito tempo ou recorrer a mecânicos não autorizados.
Além de bem preparados tecnicamente, é vital que participem de palestras e workshops para que sejam instruídos sobre como lidar com situações adversas e abordagens suspeitas. A transportadora também pode reforçar conhecimentos que favoreçam atitudes mais conscientes nas estradas para minimizar imprudência e maus hábitos.
O seguro de cargas é um complemento com a finalidade de cobrir o valor da carga e, desse modo, resguardar a empresa de um suposto prejuízo financeiro.
Devido aos índices alarmantes de assaltos e de acidentes nas estradas, recomenda-se a contratação desse reforço para garantir que as mercadorias sejam entregues em perfeito estado. Caso isso não seja possível, a empresa é ressarcida pela seguradora.
Existem vários tipos de cobertura e cabe ao contratante escolher cláusulas e serviços que melhor atendam as suas necessidades. Cabe lembrar que o seguro pode ser adotado pelo cliente final, pelo vendedor ou fabricante ou pela transportadora — que deve, posteriormente, incluir esse custo no preço do frete.
Manutenções preventivas precisam ser realizadas periodicamente, pois, dessa forma, os veículos estarão sempre em perfeitas condições para cumprir suas jornadas.
Elaborar um calendário de revisões é indispensável para minimizar falhas técnicas e quebras inesperadas que comprometem a segurança no transporte. Além disso, a transportadora se beneficia com a redução de custos e ganha mais tempo nas entregas.
Logo, as checagens regulares devem inspecionar elementos críticos como:
A tecnologia no transporte de cargas é, provavelmente, a melhor aliada da seguridade e da eficiência no setor. Uma das grandes inovações dessa área é o rastreamento veicular, um recurso que permite o acompanhamento, em tempo real, da localização de caminhões ao longo de um trajeto — graças a sistemas como o GPS (Global Positioning System, ou Sistema de Posicionamento Global, em tradução para o português), que permite identificar o posicionamento de qualquer objeto via satélite.
Sem dúvidas, a possibilidade de monitorar veículos a distância contribui significativamente para a segurança no transporte de cargas, já que esse recurso intensifica o controle da frota e minimiza as chances de ataques nas estradas.
O acompanhamento on-line traz outro benefício: com ele, a transportadora supervisiona o serviço dos condutores, pois tem meios de checar se eles estão cumprindo os percursos definidos ou infringindo limites de velocidade.
Com relação às rotas, elas também podem ser otimizadas com o auxílio de um software qualificado. Programas de planejamento automatizam a criação de trajetos, levando em conta diversos fatores definidos pela transportadora, por exemplo:
Conforme falamos, a melhor forma de amenizar ameaças é por meio do conhecimento e do planejamento. Nesse contexto, o plano de gerenciamento de riscos é, resumidamente, um conjunto de práticas que uma empresa seleciona para se organizar e aperfeiçoar o controle a fim de evitar danos.
Esse projeto consiste em analisar todos os riscos em potencial e incorporar ferramentas e técnicas que preservem a empresa e a deixe preparada para lidar com transtornos. As vantagens desse plano estratégico são muitas, pois, com ele, a transportadora:
Conhecer os erros comumente cometidos por motoristas e transportadores é tão importante quanto estudar os riscos para a segurança no transporte. Agora que você já sabe o que fazer para minimizar ameaças e danos, descubra quais são as 4 principais falhas que sua transportadora precisa eliminar:
Deixe de lado as tentativas de economizar e reciclar pneus — de modo a alongar sua vida útil —, pois elas não valem a pena e apenas colaboram para aumentar as chances de acidentes e panes nas estradas. Caso um problema aconteça, os gastos serão muito maiores.
É importante lembrar que, se o condutor precisar interromper seu trabalho para trocar pneus, ele perderá mais tempo e as entregas sofrerão atrasos desnecessários. Além disso, não é possível prever quando essas substituições serão necessárias: no meio da noite, em uma via com altos índices de violência etc.
Planejar a forma como a carga será acomodada no interior de um caminhão é um procedimento simples que faz a diferença na gestão de riscos. Entre tantas formas de melhorar esse processo, destacamos:
Mais uma vez, manutenções preventivas são básicas e não podem ser ignoradas de forma alguma. Atualmente, existem softwares para gestão de transportadoras que ajudam gestores a criar um calendário de revisões e controlar melhor esse processo. Assim, não existe o risco de que os reparos sejam esquecidos ou adiados.
Cumprir um programa de manutenções conserva o estado dos veículos, desacelerando seu desgaste e a necessidade de troca de peças. Além disso, caminhões bem cuidados conseguem cumprir trajetos maiores consumindo menos óleo e combustível. Em geral, o desempenho do veículo é aprimorado — o que é uma excelente notícia para a gestão de custos e para a segurança.
Existem várias formas de otimizar um trajeto, sobretudo com a ajuda da tecnologia. Por mais que um condutor conheça bem as principais estradas, vale a pena usar sistemas digitais para traçar rotas mais inteligentes e, desse jeito, ganhar tempo e escolher trechos mais seguros. Pegar atalhos ou fazer desvios de rotas podem acontecer se forem ações planejadas com base em informação fundamentada.
Na busca de soluções para reforçar a segurança no transporte, a tecnologia certamente oferece os recursos mais vantajosos — tanto que transportadoras que não contam com ferramentas e recursos informatizados estão ficando para trás.
Nesse tom, a automação logística não é um movimento futuro, mas, sim, o presente da cadeia de suprimentos e essencial para agregar valor, ter mais dinamismo, produtividade e, especialmente, proteção.
Veja 4 benefícios do uso de softwares e sistemas digitais para a segurança e saiba por que você deve contar com eles:
A geolocalização é uma tecnologia que possibilita o rastreio de um objeto, onde quer que ele esteja. Logo, transportadoras e clientes podem saber, com precisão, o status de uma entrega e o desempenho de uma movimentação em tempo real. Para isso, são usados chips, tags ou etiquetas por radiofrequência, que utiliza sinais de rádio para identificar automaticamente a posição de um item.
Assim, no caso de qualquer atraso, desvio ou ação suspeita, os gestores podem imediatamente acionar o motorista ou as autoridades responsáveis.
Assim como a geolocalização, o monitoramento é um recurso primordial, pois permite que a transportadora saiba exatamente informações como:
O propósito desse tipo de software é fiscalizar a performance dos percursos e viabilizar que qualquer irregularidade seja identificada em tempo real. Se algum assalto ou ocorrência aconteceu, a empresa pode socorrer sua equipe com mais agilidade — ou acionar instantaneamente sistemas de segurança como sinais de alerta ou travamento de portas.
Uma conveniência que simplifica o dia a dia dos motoristas e o torna mais seguro são iniciativas como o sistema Via Fácil, que disponibiliza cartões que podem ser usados em pedágios, postos de combustível, estacionamentos, entre outros estabelecimentos.
A ideia é que o condutor ganhe tempo e praticidade nesses locais — já que ele tem passe livre em pedágios e cancelas e não necessita enfrentar filas — e não tenha de carregar grandes quantias para fazer pagamentos, reduzindo o risco de virar alvo de assaltantes.
Para ter mais controle, toda transportadora precisa de um software para gestão de transportes. Com um programa desses, os executivos responsáveis podem consultar informações sobre seu negócio a qualquer momento e tomar as decisões necessárias no ato, com base em dados mais confiáveis.
Sistemas para transportadoras integram todos os setores da empresa. Desse jeito, é possível ter um controle total do fluxo dos procedimentos internos e externos, encontrar erros e acompanhar índices como qualidade da entrega, atrasos etc.
Além disso, a instituição administra com mais facilidade: manutenções, fretes, condições dos pneus, documentações, entre muitos outros. Quanto mais otimizados são os processos e os ciclos operacionais de um negócio, mais seguro e preciso ele se torna.
Se preocupar com a segurança no transporte nunca é demais. Afinal, tudo que um empresário deseja é saber que o fluxo produtivo do seu negócio acontece em perfeita ordem, sinergia e eficiência. Dessa maneira, é possível ter mais lucros, atender clientes com excelência, expandir sua atuação e, assim, se tornar mais competitivo e relevante no mercado.
Por isso, aproveite as dicas de gestão de riscos que compartilhamos neste conteúdo para ter uma logística de distribuição mais estratégica e estruturada, protegida contra ameaças e erros.
E então, gostou de aprender sobre a segurança no transporte? Agora que você sabe mais sobre esse tema, continue em nosso blog e confira 5 dicas para atingir a alta performance na logística!