Apesar de a terceirização do transporte de cargas ser uma opção recorrente, ela nem sempre é vantajosa para todos os negócios. Em alguns casos, montar uma frota própria e realizar as entregas é a escolha mais viável para as empresas. Mas afinal, você sabe se é interessante para o seu negócio realizar um transporte de carga própria?
Dados do Registro Nacional de Transportes Rodoviários de Carga (RNTRC), de 2010, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), indicam que existem no país quase 161 mil empresas de transporte, sendo 80% dessas de carga própria. A pesquisa também mostrou que existem mais de 823 mil transportadores autônomos no Brasil, o que corresponde a um total de 1,9 milhão de veículos para transporte de cargas.
E você, quer investir no transporte de carga própria mas não sabe por onde começar? Este post ajudará a estruturar sua empresa para realizar essa etapa logística de maneira segura, eficiente e econômica. Confira as informações sobre o mercado e a lista que preparamos com os 13 cuidados a serem tomados, nos próximos tópicos. Boa leitura!
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o transporte de cargas vem crescendo constantemente nos últimos tempos, em se tratando de volume de cargas e de faturamento para as empresas transportadoras. Isso se deve ao crescimento da produção industrial e do mercado varejista, expansão da safra de produtos agrícolas e investimentos na construção civil.
O período de festas de fim de ano também aquecem o mercado. Com isso, aumentam a movimentação de cargas nos meses de outubro e novembro.
As informações citadas mostram que existe uma grande oferta de serviços para frete de produtos. Contudo, há pouca diferenciação desses serviços e a maioria das empresas são de pequeno e médio porte, estando bem distribuídas ao longo do território nacional. Por isso, a desconcentração do mercado favorece a entrada de novas empresas no setor.
Por outro lado, a concorrência é acirrada e, por essa razão, deve-se dar atenção a todos os processos e custos da empresa para tomar as melhores decisões. Tenha em mente que você pode definir os preços dos serviço de acordo com o que espera ter de lucro, bem como para não comprometer os custos quanto à segurança, agilidade de entrega e reputação que deseja ter.
A entrega das mercadorias depende de uma logística eficiente. Por isso, a primeira providência é planejar e estruturar seus processos logísticos, como a separação, o carregamento, o transporte e a qualificação dos motoristas.
Vale destacar que os investimentos em logística são preponderantes para a execução de um transporte rápido, seguro e dentro dos padrões de qualidade exigidos pelo mercado. Por isso, é interessante adquirir um sistema de gestão moderno e fácil de ser manuseado.
Ao realizar o próprio transporte, os cuidados com o armazenamento devem ser redobrados. Afinal, os produtos em estoque devem estar em perfeitas condições, além de ser organizados de maneira otimizada dentro do armazém.
Quanto mais eficiente é esse processo, mais rápida será a separação do produto e, consequentemente, a entrega ao consumidor final. Esse é um dos fatores que mais impactam a satisfação do cliente e a reputação de uma empresa contemporânea.
Mesmo transportando cargas próprias, é necessário seguir as normas fiscais em vigor para o setor. Ou seja, você deverá providenciar a emissão do MDF-e, documento que traz todas as informações sobre o transporte e que evita multas e apreensão da carga durante as fiscalizações, como:
No transporte de carga própria, além do MDF-e, sua empresa deverá emitir a NF-e de venda ou simples remessa, documento que traz as informações referentes à mercadoria transportada. Essa é uma responsabilidade do seu negócio e, caso descumprida, pode gerar multas e até a apreensão da carga pelos órgãos fiscalizatórios.
Para reduzir os gastos com frete, é comum que algumas empresas comprem produtos e optem por realizar o seu transporte, indo buscar a mercadoria com veículo próprio. Quando isso ocorre, é importante ter em mente que esta também é uma carga própria, porém a nota fiscal foi emitida por outro CNPJ — o do fornecedor.
É imprescindível salientar que essa situação requer a emissão do MDF-e, que deverá ficar vinculado a um documento externo. Nesse caso, será a NF-e emitida pela outra empresa.
Quando a empresa decide realizar o transporte de carga própria, deve tomar muito cuidado ao calcular o valor do frete. Isso porque existem diversas variáveis que interferem nesse custo e podem gerar prejuízos ao negócio, caso não sejam consideradas no processo.
O combustível é o vilão mais comum do transporte de cargas. Como reduzir o número de viagens nem sempre é interessante, o ideal é apostar no controle, por meio de sistemas de gestão de frota.
Em geral, essa simples estratégia é capaz de reduzir os gastos com combustível e elevar a produtividade dos veículos, trazendo benefícios expressivos ao transporte e ao setor de logística.
Sabemos que o transporte de cargas é uma atividade com altos custos de operação. Portanto, o gestor deve estar em constante busca por reduzi-los. As principais variáveis que compõem esses custos para a transportadora são:
Pela lista, podemos verificar que grande parte das despesas da transportadora depende do tamanho de sua frota de veículos e do estado das carretas. Veículos antigos apresentam mais problemas, gastam mais combustível e exigem mais manutenções.
Também é preciso ficar atento ao fato de que quanto maior o número de caminhões que sua empresa possui, os custos com a manutenção, combustíveis e o salário dos funcionários vai ser multiplicado proporcionalmente ao volume da frota.
Além disso, para garantir mais agilidade nas tarefas e rotinas da empresa e para que ela possa se manter competitiva no mercado, é fundamental investir em tecnologias de apoio, como sistema de navegação por GPS e equipamentos para a elevação de cargas para carregamento de veículos. Isso tudo aumenta conforme a quantidade de carretas que devem ser atendidas.
A atividade de frete e transporte de cargas pode ser realizada por profissionais com baixos níveis de escolaridade, sem exigir a contratação de funcionários especializados. Porém, o gestor deve tomar cuidado com a qualidade do atendimento e do serviço, especialmente no trato com os clientes. Afinal, uma boa relação com os consumidores é o diferencial competitivo de qualquer negócio.
Por isso, invista em uma pequena equipe, porém bem qualificada. Faça treinamento de seus funcionários para que estejam conscientes quanto à segurança, prevenção, cumprimento de horários, cuidados com os veículos e atendimento ao cliente.
A localização para a instalação de sua empresa depende de diversos fatores e pode ser o segredo de sucesso da transportadora. Isso porque ela influencia diretamente os custos logísticos e, então, a competitividade do seu negócio perante o mercado.
Antes de realizar essa escolha, identifique o perfil de seus clientes potenciais, as principais rotas a serem percorridas e o número de entregas a serem realizadas. A partir de então, defina o local mais adequado para a sua sede.
É recomendável que a empresa se instale próximo aos pontos de demanda ou se posicione estrategicamente em relação à zona de mercado onde o serviço será oferecido. O local escolhido deve estar em regiões onde a indústria e o comércio varejista são atuantes ou no entorno de grandes áreas residenciais, com perspectivas de crescimento e surgimento de novas construções.
Ainda, a localização deve fornecer toda a infraestrutura necessária para atender às necessidades de operação que uma transportadora exige. Considere facilidade de acesso para os veículos, existência de transporte coletivo para que funcionários possam se deslocar, estacionamento e, ainda, possibilidade de futuras expansões do negócio.
A lei exige que transportadores de carga façam um requerimento junto ao Registro Nacional de Transportes Rodoviários para se registrar e entrar no mercado do setor de transportes. Preste atenção ao fato de que abrir uma empresa sem autorização do órgão específico pode causar sérios problemas ao empreendedor.
Segundo a Lei 11.442 e a Resolução Nº 3.336, de 08 de dezembro de 2009, da ANTT, que instituem o Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga, quando for contratado o serviço de terceiros para a realização de fretes, é exigido o registro no RNTRC.
No entanto, o exercício da atividade de transporte de carga próprio independe desse registro. Essa atividade é identificada quando a nota fiscal das mercadorias tem como emitente ou destinatário a empresa, entidade ou indivíduo proprietário ou arrendatário do veículo.
No caso de pessoa jurídica, isto é, empresa de transporte de carga, os documentos necessários para realizar o registro são os listados a seguir:
*Observação: a comprovação dos três3 anos de experiência do responsável técnico na atividade poderá ser efetuada mediante apresentação de pelo menos um dos seguintes documentos: contrato social da empresa ou estatuto da cooperativa, Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), Certificado de Registro no RNTRC na categoria TAC.
Conforme visto, o MDF-e é um documento indispensável para as empresas que desejam transportar sua própria carga. No entanto, muitos gestores têm dúvidas sobre como realizar esse procedimento.
A maneira mais eficiente é por meio de um software da Bsoft. Com ele, você poderá fazer a importação dos dados da nota, ainda que tenha sido gerada por outro sistema — nesse caso, poderá importar o arquivo XML da NF-e, e aproveitar os dados.
Vale a pena destacar que a emissão do MDF-e exige o acesso ao documento fiscal que será vinculado (CT-e ou NF-e). A partir dele, o software emitirá o documento, informando origem e destino, veículo, motorista, o documento a ser vinculado e os dados do seguro.
Diante da complexidade e das exigências relacionadas ao transporte de cargas, a contratação de um software voltado para essa atividade é muito importante. As soluções da Bsoft simplificam e agilizam a emissão dos documentos fiscais, pois realizam o preenchimento automático e armazenam os documentos em uma base de dados na nuvem.
Em resumo, o sistema é seu grande aliado, evitando retrabalhos e otimizando o tempo de seus colaboradores. Além disso, o software Controle de Transportadoras tem integrações que tornam a geração do CIOT e a averbação da carga muito mais rápidas e fáceis, com destaque para a integração automática com a AT&M e WS Porto.
O negócio que decide realizar o próprio transporte deve observar diversas questões. Essa é uma atividade complexa, mas pode ser executada de maneira eficiente por qualquer empresa que seja organizada e esteja disposta a investir em tecnologia.
É preciso destacar que, no Brasil e no mundo, os líderes empresariais estão cada vez mais conscientes de que é fundamental se reinventar e se adequar à transformação digital. A logística 4.0 é a grande prova de que o futuro do setor está intimamente ligado ao emprego de recursos tecnológicos. Por isso, abandone os processos manuais e automatize o gerenciamento do transporte em sua empresa.
Os softwares da Bsoft atendem às exigências legais mais recentes e podem ser utilizados para outros modais, além do rodoviário. Vale destacar que eles auxiliam no cumprimento das obrigações fiscais e exigem investimento bem menor do que seus concorrentes.
O transporte de carga própria pode ser muito vantajoso para seu negócio. Para isso, é importante ficar atento às informações apresentadas ao longo deste post e contar com o auxílio de um bom sistema de gestão de transportes.
Quer transportar suas mercadorias com eficiência, economia e segurança? Entre em contato com a Bsoft e conheça todas as soluções disponíveis para sua empresa!