As commodities agrícolas representam um dos pilares para economia brasileira. A sua importância vai além da negociação como um ativo financeiro, pois constitui um elemento essencial à vida. Com isso em mente, fica evidente como o transporte de grãos é um elemento estratégico para garantir a eficiência do abastecimento.
Então, por que falamos de gêneros alimentícios como commodities? A resposta é simples: devido ao seu valor estratégico. Produtos como soja e feijão são consumidos em larga escala pela população e partir deles é possível fabricar outros produtos, como é o caso do etanol de milho.
Elaboramos este conteúdo para demonstrar quais são os desafios enfrentados pelas empresas que se dedicam a movimentação de grãos. Continue lendo para conhecer todos os detalhes!
O produto final que adquirimos nos supermercados passou por diversas fases de beneficiamento para garantir a sua qualidade. Nesse cenário, a atividade logística é fundamental para essa operação (desde a colheita até o envio para os respectivos pontos de venda).
Por isso, é importante conhecer como essa atividade acontece e qual é o papel das transportadoras.
A primeira etapa começa ainda nas lavouras durante o período de colheita. Podemos dizer que, nessa fase, os grãos não passaram por nenhum tipo de tratamento desde que deixaram a fazenda. Os produtos são embarcados no veículo e levados para a unidade de beneficiamento mais próxima.
A etapa seguinte inclui o processo de limpeza para remover impurezas e outros materiais que, por ventura, foram embarcados junto com os produtos colhidos. Em seguida, ocorre a secagem dos grãos no intuito de reduzir a umidade e, com isso, aumentar a sua conservação durante a armazenagem e o transporte.
Entre cada fase, há a necessidade de movimentar a produção nas diversas áreas da unidade de beneficiamento. Por isso, é fundamental contar com transportadoras com experiência nas melhores práticas de manejo e higiene dos veículos.
O tempo é o principal desafio para produtores agrícolas, empresas de beneficiamento e distribuidores. Afinal, os grãos são produtos perecíveis que dependem de agilidade para a sua conservação e consumo seguro.
A ação das transportadoras é um diferencial que contribui para:
Existem diversos momentos em que a perda de produtos agrícolas pode ocorrer durante a sua industrialização. Os grãos são ainda mais suscetíveis devido as suas características físicas. Com frequência, durante a transferência da colheitadeira para o caminhão, a ação dos ventos dispersa parte dos grãos.
Não pense que esse é um fator que causa um impacto de pequena escala. Muitas indústrias de processamento de grãos já utilizam o vento como variável nos seus cálculos para estimar as suas perdas e realizar o seu controle de custos.
Outra ocorrência comum é presença de impurezas, como pedras e palhas, que geram uma impressão incorreta do peso embarcado no veículo.
Você já deve ter presenciado essa cena: um veículo carregado com soja derruba grãos durante todo o trajeto. As curvas nas estradas e freadas súbitas são responsáveis por aumentar, ainda mais, a quantia de grãos que são projetados para fora do veículo e que não chegam ao seu destino.
Embora bastante arriscada, essa prática não é uma exclusividade do setor agrícola. Muitos fabricantes e transportadores optam por exceder a capacidade de carga dos caminhões com o intuito de reduzir gastos e aumentar a velocidade das entregas.
Contudo, essa ação tem um custo que deve ser levado em consideração. O excesso de peso leva a um desgaste precoce do veículo, pois eixos, molas e suspensão podem ser danificados e devem ser consertados com maior frequência.
O excedente de produtos no compartimento de carga também está entre uma das principais causas de acidentes nas estradas. Um veículo sobrecarregado tem o seu sistema de freios comprometido aumentando, assim, a distância de frenagem. Além disso, há uma diminuição da estabilidade, o que pode levar ao tombamento do caminhão.
Em todos esses cenários, existe o risco do comprometimento da segurança e, consequentemente, a perda da carga devido a acidentes e, por isso, deve ser evitado.
Diversos fatores contribuem para a falta de eficiência observada na distribuição de grãos. Esse cenário é motivado pelo envelhecimento da frota utilizada pelas transportadoras que atuam com mercadorias desse tipo.
Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), a idade média dos veículos em circulação nas estradas brasileiras é de 15,2 anos. Essa realidade afeta a capacidade operacional das empresas devido à depreciação e queda da eficiência.
Problemas como a falta de segurança e necessidade de reparos constantes não desencorajam as transportadoras de continuar utilizando veículos antigos. Nós sabemos que esse é um patrimônio de alto valor, porém sob o ponto de vista financeiro, a melhor opção é renovar a frota.
Todas as etapas do processo agrícola são planejadas de acordo com as características de cada grão. Assim, o produtor sabe qual é o melhor momento para plantar e para colher. Isso garante certa previsibilidade que ajuda a antecipar quando os alimentos vão deixar o campo até a sua chegada à mesa do brasileiro.
Contudo, o processo de distribuição pode representar um gargalo que afeta o desempenho do setor. Isso ocorre quando as transportadoras não têm experiência com o manuseio desse tipo de produto.
A demora no prazo de entrega, por exemplo, pode resultar na deterioração dos grãos. Problemas com o acondicionamento da carga pode expor os produtos a intempéries, o que afeta a sua qualidade no mercado.
Por esse motivo, as empresas de transporte devem desenvolver mecanismos para favorecer o planejamento da sua operação. Uma das soluções mais utilizadas é a adoção de sistemas de gestão que cuidam de diversos aspectos da operação.
Assim, o operador logístico pode garantir a produtividade do processo de transporte de grãos valorizando, assim, a sua prestação de serviços e essa commodity tão importante para a economia brasileira.
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