O que é manutenção corretiva: o que é e como fazer?

Como o próprio nome indica, a manutenção corretiva é necessária quando o veículo ou equipamento apresenta uma falha, que precisa ser reparada.

A intenção é restaurar as condições originais, eliminando o agente causador do problema. Normalmente, é necessária a troca de peças e a interrupção da operação.

No setor de transportes, a manutenção corretiva pode ser um problema. Basta imaginar um caminhão que sofre uma pane mecânica durante a viagem, atrasando a entrega das mercadorias, o que compromete a qualidade do serviço.

No entanto, nem sempre essa conduta é desaconselhável. Você já ouviu falar em manutenção corretiva programada?

Confira em nosso post os diferentes tipos de manutenção corretiva e em quais situações cada uma é indicada!

O que é manutenção corretiva?

Como explicamos, a manutenção corretiva tem por finalidade restaurar as condições originais de operação de um veículo ou de um equipamento.

No setor de transporte de cargas, o procedimento é necessário tanto para reparação da frota quanto para correção de falhas em equipamentos que operam nos armazéns logísticos, como empilhadeiras.

Esse tipo de manutenção pode ser realizado de duas maneiras:

• manutenção corretiva não planejada, ou seja, em uma situação emergencial, quando a pane já aconteceu;
• manutenção corretiva planejada, que é possível quando a falha pode ser controlada até que o reparo seja efetivamente realizado.

As manutenções corretivas não planejadas, normalmente, representam um grande problema para o setor logístico. Afinal, a interrupção repentina de funcionamento de um caminhão, por exemplo, significa atrasos ou até perdas de mercadorias perecíveis.

Além disso, reparos emergenciais tendem a custar mais caro e, muitas vezes, têm solução mais demorada, pois nem sempre as peças necessárias estão disponíveis.

Mesmo quando a falha pode ser controlada até que a manutenção seja executada, ocorrem perdas, como redução do desempenho, maior consumo de combustíveis e risco de desgaste em outras peças, entre outras.

Assim, sempre que possível, é importante manter a rotina de manutenção em dia, avaliando sempre as condições do veículo para detectar possíveis desgastes e falhas. O ideal é que a manutenção corretiva não planejada não ultrapasse o índice de 20% do total de manutenções.

Quais as principais características da manutenção corretiva?

Abaixo estão as principais características desse tipo de manutenção:

Natureza reativa

A manutenção corretiva é acionada somente após a identificação de uma falha ou avaria em um veículo ou equipamento. Ou seja, não há uma intervenção antecipada.

Custo elevado

Como geralmente ocorre de forma emergencial, os custos podem ser altos devido à necessidade de peças de reposição urgentes, mão de obra fora de hora e possíveis danos adicionais que a falha causou.

Impacto na operação

Por não ser planejada, a manutenção corretiva pode gerar paralisações inesperadas nas operações de transporte, o que pode resultar em atrasos nas entregas e comprometimento da eficiência logística.

Menor tempo de resposta

Quando ocorre uma falha, é necessário resolver o problema rapidamente para minimizar o impacto nas operações, o que demanda uma resposta ágil.

Não recomendada para o transporte

Apesar de ser comum em algumas situações, a manutenção corretiva pode ser arriscada no setor de transporte, já que as falhas em estrada podem causar atrasos, problemas de segurança e, em casos extremos, acidentes.

Necessidade de disponibilidade de peças

Para que a manutenção corretiva seja eficaz, as empresas de transporte precisam manter um estoque mínimo de peças essenciais, evitando a indisponibilidade em casos de falhas críticas.

Esse tipo de manutenção pode ser inevitável em alguns momentos, mas o ideal é que as transportadoras adotem um sistema de manutenção preventiva, que antecipe possíveis problemas, minimizando os riscos de paralisações inesperadas.

Quais são os tipos de manutenção corretiva?

A manutenção corretiva, embora seja um tipo de intervenção que ocorre após a falha, pode ser dividida em diferentes tipos, dependendo da abordagem e do momento em que é realizada. No setor de transportes, esses tipos de manutenção corretiva são classificados em duas categorias principais:

Manutenção corretiva planejada

A manutenção corretiva planejada é uma abordagem onde, mesmo havendo a falha, o conserto é postergado para um momento mais adequado, desde que a falha não comprometa a segurança ou o funcionamento imediato do veículo.

Por exemplo, um componente de um caminhão apresenta desgaste ou falhas parciais, mas o veículo ainda pode operar até ser levado para a oficina no final do dia ou em uma parada programada.

Manutenção corretiva não planejada

Esse tipo de manutenção corretiva é realizado imediatamente após a falha, pois o equipamento ou veículo não pode continuar operando sem reparo. Por exemplo, um caminhão quebra no meio de uma viagem e precisa ser consertado na estrada para que possa continuar sua rota.

A manutenção corretiva não planejada deve ser evitada sempre que possível, pois gera maiores custos e transtornos operacionais, enquanto a manutenção corretiva planejada é uma forma mais controlada e menos disruptiva de lidar com falhas, apesar de ainda ser reativa.

Manutenção Preventiva e Corretiva: qual a diferença?

A manutenção corretiva, conforme mencionamos, tem o objetivo de corrigir uma pane já apresentada, mesmo que ela esteja sob controle (no caso da manutenção corretiva planejada). Isso difere do procedimento de manutenção preventiva, cujo intuito é impedir que as falhas aconteçam.

Manutenção preventiva

Dentre os processos mais comuns de deste tipo de manutenção, estão a revisão periódica, que checa o desgaste de cada peça, a troca de óleo e filtros, a verificação de sistemas de frenagem, suspensão e elétrico, análise de ruídos, entre outros.

Não é incomum que esse procedimento seja adiado, na tentativa de economizar, uma vez que os proprietários tendem a acreditar que algumas peças serão substituídas sem necessidade.

No entanto, isso é um equívoco. Quando a manutenção é feita de modo adequado, só são substituídos componentes que apresentem desgastes e que possam comprometer o funcionamento do veículo.

Manutenção preditiva

Já a manutenção preditiva é um processo mais sofisticado, que consegue prever quando um determinado componente vai apresentar uma falha. Normalmente, são utilizados equipamentos específicos, como scanners automotivos, para medição precisa dos indicadores de risco.

Quais as vantagens e desvantagens da manutenção corretiva?

A manutenção corretiva, embora seja uma estratégia reativa, apresenta tanto vantagens quanto desvantagens.

Essas características podem variar de acordo com o setor e o tipo de operação, como no caso do transporte de cargas, onde a manutenção dos veículos é fundamental para garantir a eficiência e a segurança das operações.

Vantagens da manutenção corretiva:

• Baixo custo inicial: a empresa não precisa investir em monitoramento constante ou em programas preventivos e preditivos, o que pode reduzir os custos iniciais de manutenção;
• Simplicidade de gestão: a manutenção corretiva não exige planejamento complexo, já que é realizada apenas quando um problema ocorre. Isso simplifica a gestão da manutenção em comparação com estratégias preventivas;
• Evita gastos desnecessários: componentes ou peças que ainda estão em boas condições não são substituídos prematuramente, evitando gastos com manutenção preventiva em situações onde talvez não fosse necessário;
• Foco nos problemas reais: a manutenção corretiva atua diretamente sobre os problemas que efetivamente acontecem, eliminando o foco em potenciais falhas que podem nunca ocorrer.

Desvantagens da manutenção corretiva:

• Altos custos de reparo: quando a falha ocorre, o reparo pode ser muito mais caro do que o custo de uma manutenção preventiva, já que danos colaterais podem ter sido causados por conta do tempo de uso excessivo dos componentes;
• Paradas não planejadas: a falha inesperada de um veículo ou equipamento pode causar interrupções significativas nas operações, resultando em atrasos nas entregas e perda de produtividade, especialmente em operações de transporte que dependem de cronogramas rígidos;
• Risco de segurança: no setor de transportes, a manutenção corretiva pode representar riscos de segurança, pois falhas inesperadas em veículos podem resultar em acidentes, colocando em risco tanto o motorista quanto a carga transportada;
• Tempo de inatividade: equipamentos ou veículos que sofrem falhas graves podem permanecer inativos por longos períodos até que as peças de reposição estejam disponíveis e os reparos sejam realizados, gerando prejuízos econômicos e operacionais;
• Dificuldade de previsão: não é possível prever quando uma falha ocorrerá, o que torna a gestão do tempo de inatividade mais difícil de controlar. Isso afeta a capacidade de planejamento logístico, impactando a eficiência e a satisfação dos clientes;
• Possível desgaste excessivo de componentes: componentes que não são substituídos antes de falhar completamente podem causar danos em outros sistemas, tornando o conserto mais demorado e caro.

Embora a manutenção corretiva tenha suas vantagens em termos de simplicidade e economia inicial, suas desvantagens podem se sobrepor, especialmente em operações de transporte, onde a confiabilidade e a segurança são fundamentais.

A combinação de estratégias corretivas com práticas preventivas é geralmente recomendada para minimizar custos e maximizar a eficiência operacional.

Quando fazer a manutenção corretiva?

Em alguns casos específicos, pode haver vantagens na adoção de procedimentos de manutenção corretiva. Confira!

Nível de criticidade

Esse critério normalmente é utilizado em fábricas ou relacionado a equipamentos com baixo nível de utilização.

A técnica consiste em categorizar os riscos em A, B e C, ou seja, de acordo com o nível de criticidade, sendo A os mais críticos e C aqueles que uma parada inesperada pode ser resolvida sem maiores problemas.

Assim, no caso de equipamentos classificados como de baixa prioridade (nível C), uma rotina de manutenção preventiva pode ser mais cara do que a corretiva.

Análise de falhas

Ao analisar as falhas mais comuns, é possível antecipar os problemas, adotando os procedimentos corretivos antes da pane. Nesse caso, é feita a manutenção corretiva planejada.

Uma vantagem disso é que o tempo de inatividade ou ociosidade é reduzido, uma vez que o equipamento ou veículo continua operando, sem paradas para manutenções preventivas, e a correção do problema é feita de forma programada.

Serviços de rotina

Mesmo sem que sejam adotados procedimentos de manutenção preventiva ou preditiva, alguns cuidados são importantes e devem ser seguidos pelos motoristas e responsáveis pela operação de máquinas e equipamentos.

A lubrificação e a observação de alguns detalhes, como ruídos incomuns ou perda de desempenho, ajudam a detectar defeitos menores, que podem ser corrigidos de forma planejada, antes que ocorra uma pane.

Como manter uma rotina de manutenção adequada?

Como é possível perceber, a manutenção corretiva não programada deve ser evitada. Além de representar uma solução mais cara para a empresa, pode colocar a integridade dos veículos e de suas cargas em risco.

Outro problema é que, em caso de emergência, a empresa pode precisar optar por utilizar serviços de profissionais não autorizados ou comprar peças que não são originais. Isso compromete a durabilidade do reparo e o desempenho do equipamento.

Assim, sempre que possível, a melhor alternativa é fazer a manutenção preventiva ou, no mínimo, adotar critérios para identificar problemas que possam ser solucionados em manutenções corretivas planejadas. Para tanto, uma gestão de frotas eficiente é fundamental.

Isso evita perdas, atrasos e despesas desnecessárias, elevando a produtividade do negócio.

A adoção de procedimentos adequados de manutenção também contribui para o aumento da vida útil dos veículos e equipamentos, reduz o risco de ocorrência de acidentes e imprevistos e contribui para o planejamento dos custos de manutenção.

Certamente, nem sempre o gestor conseguirá evitar a necessidade de manutenção corretiva. Afinal, pequenos acidentes ou falhas pontuais podem ocorrer, ainda mais no caso de veículos que percorrem longas distâncias.

No entanto, quanto mais precisos forem os procedimentos de análise e detecção de erros, menores as chances de interrupções não programadas.

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