Conhecer bem os procedimentos fiscais no transporte de carga é fundamental para gerir as operações de forma acertada e garantir que o compliance será devidamente cumprido — o que ajuda a evitar problemas com o fisco.
Neste artigo, vamos mostrar quais são os documentos obrigatórios, os impostos que incidem sobre o transporte de cargas e outras informações que você precisa saber sobre o assunto. Continue conosco e confira agora mesmo!
Os documentos básicos para qualquer viagem consistem na documentação do veículo e na CNH do motorista. No que diz respeito ao transporte de cargas, é necessário portar:
Esses documentos auxiliares nada mais são do que a forma física dos documentos eletrônicos. Portanto, são eles que devem ser levados com o motorista.
Além disso, também é necessário o RCTR-C, o seguro obrigatório de responsabilidade civil relacionado ao transporte de cargas. Ele deve ser informado no momento em que o MDF-e é criado. Caso contrário, a emissão desse fica impedida de ser realizada.
Caso a transportadora contrate algum motorista autônomo, é necessário também gerar o Código Identificador de Operação de Transporte (CIOT).
Essa é a documentação requerida para atender aos procedimentos fiscais no transporte de cargas. Todavia, existem algumas exceções que podem demandar documentos extras para que o serviço seja prestado. É o caso do transporte de cargas especiais (como produtos químicos e medicamentos) e também de itens que têm tamanho maior que o do veículo.
Caso você se depare com essas situações, vale a pena procurar a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e se informar melhor a respeito de quais são os documentos necessários.
Existe uma série de tributos cobrados sobre as operações de transportes de cargas e também para as empresas que atuam nesse ramo. São eles:
Apesar de não serem mais tão recorrentes atualmente, existem multas aplicadas em caso de descumprimento das exigências para o transporte de cargas. Nos próximos tópicos, mostramos quais são elas.
A informação sobre o peso na Nota Fiscal é de responsabilidade do transportador. Porém, caso a informação declarada seja maior que o limite máximo do veículo, o contratante e a transportadora arcam com os custos e penalizações (multa e até mesmo apreensão do veículo).
Cada tipo de veículo tem um limite de peso máximo permitido. Caso ele seja ultrapassado, o contratante deve indenizar a transportadora pelos possíveis prejuízos que ocorrerem se a fiscalização identificar a infração pelo excesso de peso — e isso inclui o transbordo das cargas.
Contudo, se o transporte for fracionado (com cargas de mais de um cliente dentro do veículo), é a transportadora que se torna responsável pelo excesso de peso.
Caso o destinatário não tenha garagem própria para a realização do processo de descarga e o motorista precise parar na rua, é preciso atentar para a existência de proibição para veículos de carga. Se ele parar em uma vaga com essa restrição, poderá ser autuado.
Algumas cidades, principalmente os grandes centros, implementaram restrições no que diz respeito ao horário de circulação de veículos de grande porte. Assim, é preciso atentar para os dias e horários nos quais o motorista precisa evitar rodar.
Entretanto, vale destacar que existem algumas cargas especiais que têm maior flexibilidade em relação ao horário. Trata-se de de carga viva, produtos perigosos e alimentos perecíveis, por exemplo. É de suma importância estar ciente da legislação local e verificar se o veículo tem essa autorização.
Além dessas, ainda existem as multas comuns que podem ocorrer no trânsito, como:
Para evitar a incidência dessas multas, é necessário que a empresa tenha um canal de comunicação confiável e atualizado para buscar informações sobre o ramo de atuação. Inscrever-se em newsletters é uma excelente forma de se manter atualizado sobre as principais mudanças do setor.
Além disso, a persona deve contar com uma consultoria contábil de confiança, para que ela possa estar preparada para as situações adversas.
É importante estar atento às manutenções do veículo, investir em software para gestão de frotas, evitar regiões e rotas perigosas, realizar treinamentos para motoristas, adotar monitoramento e rastreio da frota e acompanhar de perto se as ações planejadas estão sendo implementadas na prática.
Agora que você já conhece melhor quais são os procedimentos fiscais no transporte de carga, vale a pena revisar seus fluxos de trabalho e avaliar se existem falhas que precisam ser corrigidas. Com o devido controle dos processos, o serviço se torna mais eficiente e seguro, além de estar adequado às exigências feitas pelo fisco.
O que achou do artigo? Que tal ampliar seus conhecimentos sobre o envio de mercadorias especiais? Não deixe de conferir quais são as melhores práticas para o transporte de cargas perigosas.