As ações adotadas para redução de gases poluentes, descarte correto de materiais e treinamento de motoristas fazem parte do conceito de logística sustentável. Para as empresas do setor, isso significa adotar uma rotina de manutenção preventiva dos veículos, planejar melhores rotas e orientar os profissionais sobre os cuidados necessários tanto em relação ao veículo, quanto na condução responsável.
O cuidado com a frota é fundamental, seja para evitar multas, seja para promover economia. Veículos que funcionam corretamente consomem menos combustíveis, que são uma das principais despesas do setor, e mantêm seu desempenho ao longo tempo. É muito mais fácil, por exemplo, fazer paradas para manutenção preventiva do que ter uma interrupção não programada para corrigir uma falha.
Com a adoção de boas práticas, não só a transportadora, mas também os seus clientes, são beneficiados. Leia nosso artigo para entender melhor o que é a logística sustentável.
Em primeiro lugar, é importante entender o que é sustentabilidade. Embora, muitas vezes, esse termo seja utilizado para definir boas práticas na área ambiental, o conceito é muito mais amplo. As ações sustentáveis envolvem os aspectos sociais, ambientais e econômicos.
Do ponto de vista social, as práticas sustentáveis devem promover o treinamento e capacitação dos profissionais, o cuidado com a comunidade e a direção segura, que não coloca em risco as pessoas que vivem ou circulam na região em que o veículo trafega.
Também é importante que o motorista respeite a legislação relativa à jornada, a qual estabelece períodos de descanso, evitando a fadiga (e os riscos) da condução de veículo de forma ininterrupta.
Na área ambiental, no caso de empresas que atuam no segmento de transporte, várias ações são fundamentais, desde a adoção de procedimentos de manutenção preventiva até o uso de combustíveis menos poluentes, como o diesel S10, com menor quantidade de enxofre do que a versão S500 (que contém 500 partes por milhão do poluente).
Para veículos mais modernos, com a tecnologia Euro 5, o uso do agente redutor líquido automotivo (Arla 32) também é fundamental. Esse produto atua no catalizador, reduzindo de forma química as emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) dos veículos a diesel, minimizando a poluição atmosférica.
Com seu uso, as emissões (dos veículos com a tecnologia) ficam dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Programa de Controle de Emissões Veiculares por Veículos Automotores (Proconve). Embora várias fraudes sejam conhecidas, é importante esclarecer que a não utilização é considerada um crime ambiental, sujeito a multa e penalidades mais sérias. Nesse caso, tanto o motorista quanto a transportadora são responsabilizados.
A polícia rodoviária federal tem intensificado as ações de fiscalização e, por essa razão, é essencial que as transportadoras orientem os motoristas acerca das boas práticas. Isso sem contar o fato de que o veículo perde potência e também a garantia da montadora, em função da irregularidade.
Os cuidados com o veículo garantem menor risco de paradas para manutenção corretiva, o que reduz diversas despesas. Além disso, o uso de um combustível de melhor qualidade, além dos fluídos (como o Arla 32) e aditivos adequados, promove maior eficiência energética, ou seja, faz com que o consumo seja menor.
Isso sem contar o fato de que o veículo não fica sujeito a multas ou autuações, seja por não utilizar os produtos adequados (caso do Arla), seja pelo risco de paradas por pane em rodovias ou acidentes que eventualmente sejam ocasionados por essas situações.
É possível adotar ações que promovam a logística sustentável em sua empresa, valorizando seu serviço perante os clientes e conquistando maior parceria por parte de colaboradores e parceiros. Para tanto, confira na sequência as melhores práticas.
Não importa se o motorista é seu funcionário ou terceirizado: a capacitação é fundamental. Afinal, você não vai querer que um profissional não qualificado conduza seu veículo e leve a marca de sua empresa a outros lugares, certo? Então, é essencial ter cuidado na contratação e também investir na qualificação.
Vale ressaltar que, em alguns casos, como o transporte de cargas perigosas, o treinamento é ainda mais fundamental, não apenas para a condução segura, mas também para eventuais necessidades de atendimento a emergências ambientais.
O ideal é que todo o trajeto seja estabelecido antes que o motorista saia. Verifique quais as melhores rotas, observando tanto a condição da estrada quando o trânsito nos horários previstos que o veículo circule no local. É importante considerar que nem sempre o caminho mais curto é o mais indicado ou econômico.
Muitas vezes, o trajeto com menor quilometragem tem pistas estreitas ou em mau estado de conservação, o que atrasa a viagem e ainda coloca o motorista, o veículo e a carga em risco. Além disso, a rota escolhida deve contar com pontos de parada e descanso seguros, que atendam à jornada do profissional.
É importante também programar o reabastecimento dos veículos nesses locais de parada. Assim, vale negociar o preço do combustível, que em função das oscilações do mercado varia muito, ou utilizar soluções como o cartão do caminhoneiro, recém-lançado pela BR Distribuidora.
Além desses cuidados, ao planejar a rota, verifique os horários para retirada ou recebimento de mercadorias em seus clientes e a existência de horários de restrição à circulação de veículos de transporte de carga nas zonas urbanas em que o serviço será prestado.
Não deixe para resolver os problemas do veículo depois que eles surgirem! A manutenção preventiva e preditiva faz toda a diferença para a redução de custos e também para garantir que não ocorram imprevistos que possam colocar o motorista, a carga ou pessoas no entorno em risco.
Assim, observe a quilometragem adequada para fazer a troca de óleo e filtros, use combustíveis de qualidade e verifique o bom funcionamento de todas as peças do veículo. Considere investir, se possível, em políticas de renovação de frota de sua empresa.
A agilidade na carga e descarga também é bastante importante para seu negócio. Para tanto, é possível utilizar equipamentos motorizados ou melhorar os modelos de embalagem para transporte e armazenamento de cargas. Lembre-se de que soluções reutilizáveis são mais econômicas, tanto para sua empresa quanto para o seu cliente.
Além disso, ao estabelecer maior agilidade, sua empresa ganha tempo e evita desacordos tanto com os profissionais, quanto com a empresa contratante da carga. Não esqueça de adotar os procedimentos para logística reversa dos resíduos deixados pela sua operação.
Como você percebeu, além do cuidado com o meio ambiente e o entorno, a logística sustentável proporciona economia, garante melhor imagem institucional à sua empresa, melhora sua estratégia de marketing e aumenta a competitividade. Invista nas boas práticas!
Gostou de conhecer um pouco mais sobre as boas práticas no setor logístico? Continue então sua visita em nossa página para ampliar seus conhecimentos e descobrir como fazer uma gestão mais eficiente!