Quem tem experiência com o setor logístico reconhece como os indicadores de desempenho são essenciais para o acompanhamento dos resultados dos processos. Um dos exemplos mais comuns referentes ao nível operacional é a taxa de indisponibilidade da frota. Essa é uma fonte de informações que pode contemplar os diversos níveis organizacionais.
Esse é um indicador que busca analisar, de forma abrangente, a melhor maneira de utilizar os principais recursos da transportadora. Desse modo, é possível extrair diversas conclusões relacionadas à produtividade, conservação dos veículos e a composição dos custos.
Por esse motivo preparamos este material para apresentar esse conceito e demonstrar como esse cálculo funciona na prática. Continue lendo para saber mais!
Você sabe qual é a capacidade operacional dos veículos? Qual é o dimensionamento ideal da frota para atender a sua demanda? Você já calculou qual é o custo de ter um veículo parado devido a defeitos?
Todos esses questionamentos podem ser esclarecidos por meio do cálculo desse indicador. Em termos simples a taxa de indisponibilidade ou TIN, como também é chamada, é uma medida que demonstra o desempenho da frota.
Essa é uma análise essencial para gestores de frota que têm interesse em extrair o máximo desse recurso. Com essa informação em mãos é possível identificar o período no qual o veículo permanece indisponível, seja para a realização de manutenções preventivas ou devido a danos.
Quando um veículo não está em utilização, essa ociosidade representa um custo para a empresa, o que pode acarretar:
A ociosidade, mesmo que por curtos períodos, gera custos desnecessários que afetam o desempenho financeiro da transportadora. Por isso, a nossa recomendação é que o gestor utilize esse indicador de indisponibilidade para estimar a real capacidade da sua frota.
O objetivo desta análise é obter dados confiáveis sobre o funcionamento da frota para possibilitar a tomada de decisão. Com essas informações em mãos o gestor pode planejar as entregas, programar a renovação dos veículos e reduzir custos.
Por esse motivo, a melhoria dos resultados é o foco da avaliação dos indicadores de desempenho logístico. Para colocar essa avaliação em prática é preciso coletar algumas informações.
Na primeira apuração é mais interesse avaliar cada caminhão de forma individual antes de partir para o resultado consolidado da frota.
O primeiro passo é identificar o número de horas que o veículo permanece em atividade. Assim, temos uma jornada de trabalho de oito horas diárias durante cinco dias por semana, totalizando 40 horas trabalhadas. A quantidade de horas é multiplicada por quatro para representar o número de semanas em um mês.
Horas disponíveis: 40 x 4 = 160 horas
Outra informação necessária é o total de horas que o veículo passou ocioso, seja por motivo de defeitos no caminhão ou devido à uma manutenção preventiva. A intenção é somar o total de horas nas quais o caminhão se encontrou nestas condições no decorrer do mês.
Se você não dispõe dessa informação, é importante implementar um controle sobre as atividades da oficina. Em primeiro lugar, crie uma lista com os componentes para marcar quando ocorreu a última substituição, bem como os custos da aquisição de peças.
Já para o controle de horas, uma simples tabela para o registro de entrada e saída ajuda a obter uma estimativa do tempo gasto com a realização de manutenções.
Para efeito de cálculo, vamos dizer que o total encontrado foi de 18 horas no período em questão.
Para consultas futuras e o acompanhamento do histórico do indicador é recomendado que seja mantido um controle das informações catalogadas no decorrer do tempo. Uma planilha eletrônica pode ser utilizada para manter o registro dos dados e para automatizar os cálculos.
Assim, nós temos:
Horas disponíveis: 160
Horas de manutenção: 18
A fórmula para o cálculo da taxa de indisponibilidade é TIN = Horas de manutenção / Horas disponíveis.
TIN = 18/160
TIN = 0,1125 x 100%
TIN = 11,25%
Portanto, conclui-se que a taxa de indisponibilidade do veículo em questão é de 11,25%.
Agora que você já sabe como funciona o cálculo da TIN é fundamental conhecer quais conclusões pode ser extraídas do resultado obtido. No exemplo que usamos anteriormente, um veículo não está em perfeitas condições de uso por 11,25% do tempo.
Estamos falando de apenas um veículo, contudo qual seria o impacto se considerarmos uma frota maior? Esse é um indicador que deve ser mantido em patamares baixos para minimizar o seu impacto na operação logística.
Uma das formas de resolver esse problema pode ser a renovação da frota. Quanto mais antigo é o equipamento maior será a probabilidade de defeitos por causa do desgaste.
Cada vez que há necessidade de consertos a empresa está gastando recursos financeiros que poderiam ser empregados na aquisição de um caminhão mais novo. Há também a depreciação do patrimônio que perde valor com o tempo. Para os veículos de carga essa taxa é estimada em 20% ao ano.
É natural que imprevistos aconteçam durante o processo de movimentação de mercadorias, porém, para minimizar o seu impacto o gestor pode optar por diversificar a frota. Utilitários, por exemplo, podem ser utilizados para entregas de curta distância e para substituir os veículos que estão temporariamente parados.
Um fator que ajuda a aumentar a vida útil dos veículos e garantir a sua conservação é a adoção da prática de executar manutenções preventivas. Já falamos como o desgaste de componentes pode interromper o funcionamento do caminhão de forma inesperada.
Esse processo tem o objetivo de acompanhar a necessidade de substituição de peças antes que o dano ocorra. Como resultado, a frota pode permanecer em atividade com maior segurança e mantendo elevados níveis de produtividade.
A taxa de indisponibilidade, como outros indicadores logísticos, ajuda a compreender o funcionamento da operação e destaca como é possível implementar melhorias. Por isso, utilize esse recurso para traçar um retrato preciso da performance da prestação de serviços.
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