Muitas vezes, o transporte de produtos químicos é considerado uma atividade que é afetada por diversos riscos. Isso ocorre porque esse tipo de carga requer a adoção de medidas de segurança, a utilização de embalagens adequadas e a contratação de profissionais qualificados para o seu manuseio.
Há também diversos perigos que podem danificar o meio ambiente e causar danos à saúde. Portanto, o gestor que atua nesse ramo deve estar preparado para assumir a responsabilidade por garantir que o transporte ocorra de forma segura.
Para se informar mais sobre esse tema tão relevante, continue com a leitura deste conteúdo. Acompanhe!
Quando falamos de produtos químicos, a primeira reação é pensar em compostos como cloro, acetona e até mesmo o gás de cozinha, que fazem parte do cotidiano de todos. Esses são exemplos que ajudam a introduzir o assunto e a pensar nos prejuízos que essas substâncias podem causar.
Porém, sob o ponto de vista dos profissionais logísticos, o conceito inclui todos os produtos que podem causar danos à saúde humana e ao meio ambiente. Para evitar que esse cenário se concretize, são aplicadas diversas técnicas para avaliar os riscos e implementar medidas preventivas.
Nos últimos anos, a legislação brasileira tem evoluído para proteger o meio ambiente e responsabilizar as empresas envolvidas em caso de acidentes ou vazamentos de cargas perigosas.
Existem diversos instrumentos que estabelecem regras e recomendações desde o acondicionamento da carga até o seu desembarque no destinatário. Por isso, é recomendado conhecer quais normas têm aplicação geral e quais estão relacionadas a tipos de cargas específicos.
A Portaria MT nº 349 de 04/06/2002 é responsável por instituir os procedimentos relacionados à fiscalização de cargas classificadas como perigosas e a apresentação da documentação exigida.
Há também acordos internacionais desenvolvidos para regulamentar o transporte desse tipo de material em países do MERCOSUL. Esse é o Decreto Nº 2.866, de 07/12/98, que descreve as infrações e as penalidades entre os governos.
Ainda que a transportadora tenha tomado todas as medidas preventivas e não seja responsável pelo acidente, a empresa pode estar sujeita a penalização. Esse cenário é possível porque as leis de proteção ambiental têm se tornado cada vez mais rígidas e abrangentes para evitar que as empresas causem maior degradação.
Como resultado, todos os envolvidos são considerados responsáveis direta ou indiretamente, como é o caso do:
No caso de materiais classificados como perigosos, há documentação fiscal e outras específicas que garantem a regularidade da carga. Alguns exemplos são:
A preocupação com eficiência e produtividade não deve ser superior ao cuidado com a segurança da operação. Portanto, listamos algumas dicas que podem ajudar a aprimorar os resultados sem perder o foco da preservação ambiental.
O planejamento é essencial na operação logística e se faz ainda mais necessário com a movimentação de produtos químicos. Essa etapa existe para que a equipe logística possa roteirizar o trajeto de entrega ou programar pausas na jornada do motorista em locais seguros.
Isso ocorre porque existem áreas permitidas para os veículos que contenham esse tipo de carga. Em geral, são regiões afastadas de locais residenciais, com grande concentração de pessoas ou de áreas de proteção ambiental.
Além da inspeção obrigatória para obter o CIPP, a própria transportadora pode atuar estrategicamente e realizar manutenções periódicas. Esse também é o momento de realizar vistorias para conferir:
Essa prática ajuda a manter os veículos em pleno estado de conservação, minimizando, assim, a chance de acidentes, além de também detectar defeitos imprevistos que podem causar a interrupção da operação e resultar em atrasos nas entregas.
Essa é não só uma recomendação, mas uma regra que rege a movimentação de produtos químicos no modal rodoviário. A Resolução ANTT nº. 3665/11 descreve em seu artigo 22 que o condutor do veículo deve ter sido aprovado no Curso de Condutores de Veículos Transportadores de Produtos Perigosos.
O certificado de Movimentação e Operação de Produtos Perigosos, também conhecido como MOPP, diz que o motorista contratado está apto para o transporte de produtos químicos. Contudo, é benéfico que a empresa invista na qualificação de seus profissionais e ofereça treinamentos para o exercício de suas atividades.
A importância das embalagens no transporte de cargas já é bem conhecida para garantir a integridade física das mercadorias. Contudo, sob o ponto de vista das cargas perigosas, a embalagem é uma barreira que impede o seu contato com o exterior.
Esse tipo de recipiente pode assumir diversos formatos. No caso de combustíveis, por exemplo, os caminhões tanque são os mais utilizados. Vale ressaltar que a rotulação adequada também constitui parte importante do transporte, pois descreve o conteúdo acondicionado e quais são os riscos identificados.
No setor logístico, o transporte de mercadorias é considerado uma atividade altamente arriscada. Os riscos se tornam ainda mais elevados quando se trata do transporte de produtos químicos. Portanto, é fundamental agregar segurança e eficiência ao processo para ampliar o desempenho do negócio.
Você quer ter acesso a ainda mais conteúdo sobre o setor logístico? Então, aproveite para assinar a nossa newsletter e receber o nosso conteúdo por e-mail.