A armazenagem é um dos processos mais importantes para a logística de um empreendimento. Ela permite que os produtos fiquem guardados de forma conveniente, até que sejam levados a outro ponto. Portanto, influencia diretamente a gestão de transporte. Após compreender isso, é fundamental entender que há diversos tipos de armazenagem.
Eles se adaptam às necessidades e às escolhas do empreendimento, com características distintas entre si. Conhecer as possibilidades, portanto, é decisivo para definir qual é a alternativa ideal para cada caso.
Para que não restem dúvidas, este guia apresenta os principais tipos de armazenagem e favorece a escolha adequada para o empreendimento. Continue a leitura e saiba mais!
Como visto, a armazenagem é um dos passos iniciais para todo o processo de logística estratégica. Depois que os itens são armazenados, eles são selecionados, separados e carregados no meio de transporte adequado. Então, são levados para um centro de distribuição, para outra empresa ou até para o cliente final.
Conhecer a relevância dessa atividade, portanto, é crucial para que todo o planejamento seja feito da forma correta. Para entender melhor, veja como essa etapa ocorre e identifique os seus maiores benefícios.
Antes mesmo de pensar na ligação com o processo logístico, é fundamental entender como tudo acontece.
Tudo começa com a entrada de produtos no local de armazenamento, como o estoque. As mercadorias ou matérias-primas são identificadas, conferidas e separadas, de modo que sigam para o destino correto.
Em seguida, surge a etapa de armazenagem, de fato. Ela se mantém guardada em um local apropriado e disponível para a movimentação, de acordo com as necessidades. No caso de um estoque de produtos manufaturados, os itens só são movimentados depois que são vendidos.
Para manter a organização, é comum que haja um processo de separação, como segundo os tipos, datas ou outras características.
Quando chega o momento de o produto ser movimentado, ele passa por uma etapa de picking, em que há a preparação para o envio. A movimentação acontece até o veículo de transporte inicial, como um caminhão.
Com tudo concluído, há a expedição. O despacho do veículo faz com que ele siga uma rota determinada até o destino de interesse, o que pode finalizar ou dar continuidade à etapa.
O procedimento é um dos elos essenciais da cadeia logística e de valor. Sem um local para armazenar os produtos, existe menos previsibilidade e é mais difícil atender a certas demandas. Sem ele, uma empresa não consegue adquirir e guardar matérias-primas para quando mais precisa, por exemplo.
Com a execução correta e as escolhas ideais para cada configuração e expectativa, é possível alcançar ótimos resultados. A seguir, veja quais são os maiores benefícios de recorrer a essa atividade.
Desde que tudo seja realizado de maneira planejada e com as necessidades da empresa levadas em conta, é algo que pode auxiliar na redução de custo. Afinal, os tipos de armazenagem ajudam a proteger produtos e materiais, de modo que sejam usados quando é preciso.
Isso melhora o poder de negociação da empresa, permite evitar desperdícios e aumenta o nível de controle. Principalmente, é um jeito de otimizar a utilização do orçamento nesse quesito, o que gera resultados satisfatórios e que, inclusive, aumentam o nível de lucratividade.
Mesmo que uma armazenagem específica não seja voltada para o cliente final, ela tem impacto em toda a experiência. Afinal, ter uma etapa com a estrutura correta é determinante para que todo o processo aconteça da maneira mais fluida possível.
Nesse sentido, uma boa armazenagem evita o desabastecimento, aumenta a eficiência de entrega e ainda garante satisfação por parte de quem faz um pedido. Na prática, permite que o empreendimento se posicione de uma forma melhor e com valor agregado estendido.
É muito comum que as empresas deem atenção para a fabricação, para as vendas e até para o transporte. Contudo, nem todas focam nos tipos de armazenagem como algo que realmente impacta positivamente os resultados.
Por conta disso, apostar na opção correta e explorá-la no negócio é essencial para gerar vantagem competitiva para o empreendimento. Desse modo, fica mais fácil se destacar no mercado e alcançar os objetivos estratégicos.
Para realmente melhorar a logística e obter todos os impactos, tudo começa com o entendimento sobre as modalidades e classificações. Já que nem toda empresa tem as mesmas necessidades, é natural que o processo seja diferente, de acordo com cada configuração.
Em relação às modalidades do armazenamento, ele varia com a ligação apresentada sobre o negócio. Para entender melhor, veja como é feita essa classificação e conheça os pontos específicos de cada possibilidade.
Na versão própria, a empresa é a responsável por comprar e manter espaços dedicados à atividade. É o caso dos negócios que disponibilizam galpões e ambientes úteis para que os produtos sejam armazenados até o momento do transporte.
Embora sejam de posse do negócio, não precisam estar, necessariamente, no local de atuação da empresa. É possível, por exemplo, montar centros de armazenagem e distribuição em um ponto intermediário. Assim, o estabelecimento consegue otimizar a logística de transporte.
Já que a posse é do empreendimento, as responsabilidades acerca do gerenciamento, também. Ou seja, o negócio precisa controlar todos os aspectos de entrada, separação, picking e saída, além de estabelecer práticas específicas para atender às necessidades pontuais.
A única diferença para a armazenagem contratada é que a empresa aluga o espaço que será usado para realizar o processo. O imóvel não é de posse do empreendimento, então existe um pouco mais de flexibilidade para fazer uma escolha, ao mesmo tempo em que não compromete tanto dinheiro de uma vez.
Dependendo do caso, é possível alugar galpões e ambientes com estrutura especificamente voltada para essa proposta. Ou seja, os locais já contam com uma disposição que favorece a implementação dos diversos tipos de armazenagem.
Os responsáveis continuam sendo as pessoas ligadas ao empreendimento. Portanto, o negócio tem que disponibilizar uma equipe para controlar todo o processo.
Já a versão terceirizada passa as responsabilidades de gerenciamento para outra empresa, que é especialista no assunto e dedicada apenas a essa atividade.
O processo de contratação se baseia na formação de uma parceria. Nesse caso, a contratada oferece todo o capital humano e os recursos para fazer um bom controle de armazenamento. Para um estabelecimento que pensa na automatização de processos, é uma boa escolha.
O armazém, do ponto de vista físico, transita entre as três possibilidades. Ele pode ser próprio ou contratado e apenas administrado pela terceirizada ou pertencer à parceira.
Em geral, as empresas que escolhem essa alternativa desejam focar na atividade-fim, em vez de lidar com as etapas de gestão de armazém.
Como os tipos de armazenagem nessa classificação são bem diferentes, a escolha depende de certas necessidades. Se o empreendimento já tiver uma área disponível, a versão própria é a ideal. No entanto, se tiver um volume baixo de pessoas é melhor terceirizar a etapa, de modo a não comprometer ou sobrecarregar os funcionários.
Quanto aos tipos, propriamente ditos, também há diferenças em relação ao período de armazenamento. Esse cuidado é necessário para entender por quanto tempo a atividade é desempenhada e de que forma ou em qual local.
Note que os tipos de armazenagem não excluem a classificação. Entre esses pontos, é possível encontrar alternativas próprias, contratadas ou terceirizadas. Então, são características cumulativas e que levam a uma tomada de decisão completa.
A seguir, veja quais são as principais possibilidades e descubra como funciona cada estilo disponível.
A armazenagem temporária, como o nome revela, é aquela com duração curta e incerta. Os produtos não ficam no mesmo local por muito tempo e nem sempre é necessário manter um lugar fixo e específico.
Pense na produção agropecuária. Depois que os grãos são colhidos, eles são deixados em silos, normalmente. Uma vez que partem nos caminhões para a entrega, a armazenagem deixa de existir e só voltará a ocorrer na próxima safra. Em uma próxima oportunidade, inclusive, o armazenamento pode acontecer para outro tipo de produto ou de um jeito diferente.
Ela é sazonal, depende das movimentações do mercado e precisa de dinamismo e flexibilidade. Isso faz com que o negócio tenha que se adaptar a essas exigências, de modo a conseguir cumprir as necessidades de cada momento.
Já a versão permanente exige um cuidado maior na escolha do lugar, bem como uma estrutura de gerenciamento. O ideal é contar com um endereço determinado para a tarefa, pois os produtos precisam ser constantemente guardados em um local conveniente.
É o caso, por exemplo, de um armazém de matérias-primas ou mesmo de maquinários. A empresa sempre utiliza esses itens e, desse modo, precisa ter um espaço dedicado para executar todos os cuidados exigidos.
No caso de um estoque de produtos, ele é permanente porque é continuamente necessário. No entanto, pode ter características temporárias se houver grande flutuação do armazenamento ao longo do ano. Mesmo assim, é preciso disponibilizar uma área fixa para garantir a atuação conforme a demanda do mercado.
Outra possibilidade quanto aos tipos de armazém não tem a ver com o tempo, mas, sim, com o local escolhido. Na maior parte dos casos, a versão interna é a adotada, em locais com estrutura e espaço adequado para atender às necessidades de cada empreendimento.
No entanto, algumas empresas recorrem à alternativa de armazenamento externo. Novamente, a produção agricultora pode selecionar essa opção. Em certas situações — como diante de uma grande safra —, os produtos são armazenados no lado de fora e cobertos por lona.
Entre os tipos de armazenagem, a versão externa é a mais barata porque não exige certas questões referentes à infraestrutura. No entanto, ela é a menos segura entre as escolhas, o que faz com que seja fundamental ponderar muito bem antes de concluir essa definição.
Depois de conhecer os tipos de armazenagem, deve-se entender como funcionam os diversos métodos e sistemas. Eles incluem práticas específicas e técnicas padronizadas que ajudam na organização e no gerenciamento.
Escolher o sistema adequado é fundamental para consolidar bons resultados. Como eles já foram validados em vários setores, você tem a certeza que conseguirá obter os impactos desejados por meio de uma gestão eficiente. Conheça as principais possibilidades e entenda como cada uma funciona.
Sigla para Warehouse Management System ou Sistema de Gerenciamento de Armazenagem, é um dos mais famosos e aplicados atualmente. Ele envolve um software de gestão que apresenta os recursos necessários para cada empresa. Por meio dele, é possível conferir espaços livres e ocupados, configurações de divisão, movimentações, inventários e mais.
Normalmente, há o uso de etiquetas especiais e códigos de barra, desde os tradicionais aos QR Codes. Ocorre uma forte integração entre sistemas e recursos tecnológicos. A automação se torna possível e permite que a gestão tenha total visibilidade.
Sua atuação não se limita ao registro de informações. Em vez disso, traz uma abordagem ativa, que busca otimizar o espaço, resolver gargalos e incrementar a logística associada.
Outra opção bastante utilizada, o sistema de porta pallets inclui diversas estruturas metálicas, distribuídas de forma enfileirada e com corredores entre elas. Apresentam posição fixa e toda a distribuição é pensada em torno desses elementos.
Nesses itens metálicos, há um espaço suficiente para a armazenagem de consolidados na forma de pallets. De modo menos comum, pode armazenar produtos soltos, como grandes peças metálicas.
Os elementos são dispostos nas fileiras e colunas, de acordo com o sistema de padronização e de organização adotado.
Frequentemente, é preciso contar com empilhadeiras e elevadores manuais para fazer a transferência de pallets para os pontos. Também há a circulação de pequenos recursos de transporte para que seja possível realizar a movimentação.
Uma das principais características é que cada pallet ocupa um lugar específico e que é só seu. Na hora de retirar um elemento, portanto, não é preciso movimentar os outros, o que oferece praticidade.
As estantes são bem semelhantes ao porta pallets, com a diferença que se adaptam de forma melhor às necessidades do empreendimento. Metálicas ou parcialmente de madeira, conseguem comportar desde cargas leves às pesadas.
Elas também ficam dispostas em corredores e recebem os itens de todo o tipo. A diferença é que eles podem ser empilhados em cada unidade de armazenamento, o que é ideal para quando a movimentação é feita em quantidades elevadas.
Uma opção que se destaca é a versão cantilever. Ela tem um design especial, com grandes colunas e suportes em alturas diversas e alinhadas. Dependendo do cenário, consegue suportar cargas pesadas e elementos mais longos, como vigas metálicas. São especialmente versáteis e atendem à maior parte das necessidades.
No método flow-rack, é possível encontrar diversas estruturas metálicas que funcionam como estantes. A diferença é que eles são levemente inclinados e formam uma espécie de espaço para que os produtos deslizem.
Assim que o último é acrescentado, ele “empurra” os outros para frente, até que desçam a estrutura. Com a retirada do primeiro, o de trás substitui sua posição, imediatamente.
É muito utilizado para processos com carga leve, justamente por causa do movimento envolvido. Também é bastante comum em centros de distribuição e picking, já que favorece o fluxo de trabalho.
A alternativa melhora o controle quanto ao estoque, já que é possível notar, com facilidade, o desabastecimento de algum item.
Como dito, as decisões sobre os tipos de armazenagem dependem das principais exigências do empreendimento. Cada método de operação e tipo de produto exige um cuidado especial, o que também se reflete nas escolhas em relação ao armazenamento.
Para facilitar o processo, o ideal é ponderar alguns fatores que ajudam a orientar a escolha. A seguir, confira quais devem ser as considerações para fazer quanto a esse gerenciamento.
Em primeiro lugar, é fundamental avaliar quais são as exigências em relação à disposição do espaço. Pense em qual será o uso desse elemento, como o tipo de produto que será armazenado, o período do processo e quais são as reais necessidades. Afinal, armazenar máquinas paradas não é o mesmo que criar um estoque eficiente para a saída de produtos.
Com essa avaliação, é possível entender qual é o tamanho ideal e que é exigido. A partir disso, verifique a necessidade de disposição, se é preciso contar com espaços para empilhadeiras ou verticalização de uso.
Isso permitirá decidir se ela deve ser própria ou não e qual é o sistema mais coerente para cada espaço. Assim, a escolha entre os tipos de armazenagem sai favorecida.
Outro ponto é pensar em quais são as exigências específicas. Uma empresa de metal-mecânica, normalmente, lida com peças muito pesadas. Para fazer o armazenamento, é crucial dispor de estruturas robustas e de um espaço apropriado. Já uma fabricante de alimentos terá outras necessidades por causa das embalagens.
Também é o momento de verificar se é preciso automatizar ou não os processos. Caso isso seja desejável, o WMS aparece entre os tipos de armazenagem que não devem ficar de fora da decisão.
Considere, ainda, outros aspectos, como o meio de transporte. Dependendo da etapa de carga e descarga é possível definir a melhor forma de armazenar os itens.
Para facilitar a logística e tornar as entregas muito mais eficientes, o ideal é que o espaço de armazenamento esteja localizado em um ponto considerado estratégico. Se a intenção é guardar a matéria-prima, o lugar deve ser mais próximo da área de produção, por conta da facilidade de acesso.
No caso de uma distribuição para clientes e distribuidores, é melhor pensar em um centro em local intermediário e que ofereça máxima conveniência. Ao fazer escolhas do tipo, fica mais fácil definir os pontos oportunos para atingir os objetivos estratégicos do negócio e de favorecer o processo logístico.
Por mais que todos os fatores sejam importantes, não dá para desconsiderar a necessidade em relação aos custos. Caso a terceirização gere uma economia muito elevada e necessária para o negócio, ela deve ser levada em conta. O mesmo vale para espaços menores ou em localizações específicas.
É indispensável saber o quanto cada decisão custa, justamente para entender o que faz sentido para a configuração de gastos do empreendimento. A intenção não é buscar a alternativa mais barata, mas, sim, a que traz melhores resultados de acordo com as expectativas do negócio.
Por falar na performance, é essencial considerar que a configuração deve valorizar e viabilizar o aumento de produtividade. Escolher um local com layout complexo e que não atende às necessidades, por exemplo, só vai fazer com que os processos se atrasem e com que a logística seja prejudicada. Deixar de pensar na automação também é prejudicial na maioria dos casos.
Então, é indispensável avaliar o que pode ser feito para que a empresa aproveite o melhor desempenho. Vale considerar o estado atual das exigências, as previsões de crescimento e demanda e até a possibilidade de treinamento por parte dos colaboradores. O objetivo é fazer com que a decisão gere as melhores possibilidades, de modo a tornar o armazenamento um elemento estratégico e que ajuda a elevar o nível produtivo.
Os diversos tipos de armazenagem dependem de classificações, métodos e outras características. A escolha da configuração ideal é determinante para que a empresa tenha uma logística muito robusta e capaz de atender às necessidades dos clientes e parceiros comerciais.
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