Imagine a cena: você está sentado do conforto de sua casa, decide pedir algo para comer e dentro de alguns minutos recebe a entrega por drone diretamente na sua casa.
Por mais futurístico que possa parecer, este tipo de entrega já acontece há alguns anos em países como Estados unidos, Reino unido e China.
Mas e no Brasil, como a entrega com drones funciona? Este tipo de entrega irá substituir o transporte tradicional? Confira as informações deste post para ficar por dentro do assunto.
Embora pareça uma ideia futurista, já faz algum tempo que gigantes de tecnologia como a Amazon, a Alphabet (dona do Google) e outras empresas com o iFood testam e utilizam o transporte com drones.
No ano de 2013, o CEO da Amazon, Jeff Bezos compartilhou um vídeo mostrando o Prime Air. No vídeo, o drone saia do Centro de distribuição e aparecia pousando em um quintal onde o cliente recebia a entregas.
Ainda no ano de 2023, a empresa DHL, gigante de logística mundial lançou o Parcelcopter, um drone que fazia entregas em 8 minutos, muito mais rápido que seu antecessor que costumava levar 30 minutos para entregar uma mercadoria depois do pedido do cliente.
O Prime Air teve seu projeto piloto no Reino Unido em 2016. Mas foi apenas em 2020 que a FFA (Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos) autorizou a entrega por drones no espaço aéreo americano, ainda com restrições.
A entrega por drones funciona de forma muito parecida com a cena descrita na introdução, a mercadoria vem por um drone, em alguns casos ele pousa, em outros ele fica parado no ar enquanto descarrega e em outros larga a mercadoria de determinada altura. O cliente coleta a mercadoria e o drone retorna para o centro de distribuição.
Em algumas cidades brasileiras os drones são usados para delivery de comida. Atualmente, o único modelo de drone aprovado pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) é o Speedbird Aero. O drone carrega cerca de 2,5 kg e pode percorrer uma distância de 3 Km. A autorização para esta tecnologia foi realizada em 2022 pela ANAC.
Embora promissora, o uso de drones ainda é limitado a determinado tipos de mercadorias e rotas de entrega. No geral, são mercadorias mais leves que podem ser transportadas como comida, medicamentos pequenos produtos, como cosméticos (empresas como Natura e O Boticário já realizaram testes com drones).
Confira as vantagens ao usar um drone para entrega abaixo:
Vários drones disponíveis no mercado mundial trazem a proposta de entregas mais rápidas, de menos de 30 minutos depois da compra. Isso faz muito sentido, uma vez que drones podem evitar o tráfego e seguir rotas diretas, o que reduz significativamente o tempo de entrega.
Outro ponto é que eles podem ser lançados imediatamente, tornando a entrega mais rápida e realizada sob demanda.
Uma das principais vantagens do drone é que ele consegue chegar a lugares de difícil acesso. Em países como Uganda e Nigéria, este tipo de aeronave é utilizado para levar bolsas de sangue e medicamentos a áreas de difícil acesso.
Recentemente, houve a notícia de drones fazendo a entrega de cilindros de oxigênio no monte Everest pela primeira vez, algo que pode ser muito útil em casos de emergência. Assim como, drones foram utilizados para a entrega de vacinas da covid durante a pandemia.
A possibilidade de acesso a lugares difíceis pode ser particularmente útil em situações de emergência ou desastres naturais, aonde podem fornecer suprimentos essenciais em locais que veículos tradicionais não podem chegar.
Se comparado a outras aeronaves disponíveis como aviões e helicópteros, o transporte por drones é mais barato e pode ser muito difundido. Ademais, há um gasto menor com infraestrutura, já que não há necessidade de estradas, pontes ou túneis, o que reduz custos.
De acordo com as estatísticas, acidentes com drones são raros e eles ainda contribuem para a diminuição de veículos nas estradas, aumentando a segurança de forma geral.
Drones podem ser programados para atender a necessidades específicas dos clientes, como entregas em horários determinados ou em locais específicos. Além disso, a experiência do usuário é diferente, podendo ser um atrativo na geração de vendas.
Assim como há vantagens, este tipo de tecnologia também tem algumas limitações, confira abaixo as principais:
A liberação da utilização de drones deve ser regulamentada por legislações nacionais e locais. As empresas devem cumprir diversas leis e regulamentos de aviação e privacidade. Sendo assim, esse processo pode ser burocrático e lento, o que pode desencorajar empresas a investirem nesta tecnologia.
Ainda, existem áreas onde o voo de drones é proibido, como perto de aeroportos, instalações militares e áreas densamente povoadas.
Os drones têm uma capacidade de carga limitada em comparação com veículos terrestres, o que restringe o tamanho e o peso dos pacotes que podem transportar.
A maioria dos drones comerciais possui uma autonomia de voo limitada devido à capacidade da bateria, o que diminui a distância que podem percorrer impossibilitando entregas de longas distâncias.
Os altos custos de manutenção do equipamento e a escassa mão de obra especializada em drones, pode ser um fator forte para fazer com que expansão das pequenas aeronaves seja lenta.
Drones são muito sensíveis às condições climáticas adversas, como vento forte, chuva, neve e neblina, que podem impedir ou dificultar as operações de voo. Por serem equipamentos leves, drones podem ser carregados pelo vendo, podendo haver risco de colisão e queda.
Talvez você esteja questionando desde que começou a ler este texto “a entrega por drones vai substituir os entregadores?”. A resposta é: não.
Embora o processo de entrega por drones seja prático, rápido e vantajoso em alguns tipos de cargas e distâncias, a utilização deste meio de transporte ainda é muito limitada.
Mesmo em empresas onde a utilização de drones já é realidade, ainda é necessário o entregador. Como ocorre com a ifood, que usa os drones para “encurtar o trajeto” onde a entrega final ainda é realizada por um entregador.
Há bastante discussão a respeito da privacidade, já que eles podem capturar imagens e dados sem o consentimento das pessoas. Algumas empresas como a iFood, afirmam que as imagens do drone são de baixa qualidade e não são gravadas, mas ainda é necessário estabelecer diretrizes a respeito.
Podemos ver através deste texto que apesar de muito inovadora e trazer muitas vantagens, ainda vamos ver algumas discussões a respeito da utilização de drones em entregas.
E você? O que acha destas inovações? Deixe seu comentário abaixo para sabermos!