A pandemia do novo coronavírus acelerou o processo de digitalização da sociedade, o que impulsionou o uso dos canais digitais de compra. Por meio deles, o consumidor escolhe o produto de seu interesse, confere detalhes como meios de pagamento e prazo para recebimento e formaliza a compra. Para aumentar a segurança, muitas empresas estão instituindo a entrega sem contato.
Você já ouviu este termo? A modalidade vem sendo adotada por muitas empresas, mas, no Brasil, se popularizou com os aplicativos de delivery de alimentos. Entrega sem contato significa que entregador e consumidor não se encontram. O pagamento é feito por outros meios e a mercadoria é depositada no local escolhido pelo cliente.
Essa modalidade de entrega vem crescendo nos mais diversos segmentos e quem trabalha no setor de transportes precisa conhecê-la! Continue a leitura para saber mais!
Apesar desta modalidade de entregas ter crescido durante a pandemia, várias empresas já a adotavam antes, para a comodidade dos clientes. Em vários países, a gigante Amazon, por exemplo, já utiliza o serviço de entrega em lockers (armários inteligentes que guardam a mercadoria para que o consumidor a retire) desde 2011.
No Brasil, já existem pontos de entrega com autoatendimento, com essas características, pelo menos desde 2018, quando a Via Varejo iniciou o serviço. Na ocasião, clientes das Casas Bahia, Extra e Ponto Frio que compravam em e-commerces das redes podiam retirar os produtos em postos de combustíveis próximos, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Além dos postos, outros locais estratégicos são usados para a entrega de mercadorias, como estações de metrô, rodoviárias e shoppings. Os Correios, inclusive, passaram a utilizar a alternativa, garantindo que as mercadorias sejam entregues na primeira tentativa, o que facilita a vida de quem não tem ninguém disponível no endereço para o recebimento.
Além dos lockers em locais de grande circulação de pessoas, algumas empresas passaram a instalar os armários inteligentes em condomínios, simplificando as entregas. Aplicativos de delivery de alimentos, como o iFood, apostaram na ideia, aumentando a conveniência para os clientes.
Apesar das facilidades, muitos consumidores ainda tinham receio em comprar produtos entregues no novo formato. Dúvidas como a segurança da entrega ou dos meios de pagamento e a possibilidade de erros, com a consequente necessidade de trocas de mercadorias, acabavam sendo uma barreira à disseminação do serviço.
Porém, a pandemia colocou todos esses receios em segundo plano e intensificou a aceitação do novo formato de entregas, sem contato entre cliente e entregador. Dessa forma, tanto os consumidores quanto os entregadores garantem a segurança e evitam a proximidade.
Ao longo dos meses de pandemia, o modelo foi sendo cada vez mais aceito pelos clientes e, hoje, boa parte das pessoas prefere a entrega sem contato, seja pela comodidade, seja para preservar a sua segurança.
Para o setor de transportes, a modalidade também é muito interessante, pois contorna algumas dificuldades na entrega, como no caso dos problemas ocorridos na etapa conhecida no setor logístico como last mile, ou seja, na fase em que o produto chega nas mãos do comprador.
Em algumas localidades, por exemplo, a falta de segurança pública impede que os produtos cheguem diretamente na casa do consumidor, em função do endereço estar localizado em uma região com maior incidência de roubos e furtos. Além disso, os transportadores enfrentam outras dificuldades, como falta de local para estacionamento do veículo ou ausência de alguém que possa receber as mercadorias.
Como é possível perceber, essa modalidade de entrega proporciona benefícios não apenas aos compradores, mas também para a empresa encarregada de levar as mercadorias aos clientes. Acompanhe quais os cuidados para colocá-la em prática!
Uma etapa fundamental do processo, que garante não apenas a segurança da entrega, mas também a credibilidade por parte dos clientes, é o uso de tecnologia. Aposte em sistemas que apontem a localização da carga e cada mudança de status da mercadoria, até o momento em que ela é depositada no local combinado.
Para o cliente, é fundamental saber onde o produto comprado se encontra e quando vai chegar, além de receber um alerta de que, de fato, ele foi entregue. Para a cadeia logística, esse controle também é imprescindível.
Com a entrega sem contato, o comprador não poderá assinar o recebimento. Nesse caso, investir em meios de controle é essencial, para evitar perdas, atrasos ou outros problemas com a mercadoria. Além disso, a transportadora precisa se certificar de que todos os produtos foram entregues, no prazo e em condições adequadas, para que todo o processo logístico seja seguro.
Os profissionais que fazem as entregas também precisam adotar os cuidados necessários para que o trabalho seja executado com segurança. Mais uma vez, a tecnologia tem papel primordial, pois vai definir onde entregar e como informar o cliente de que a mercadoria já está disponível (o que é especialmente importante no caso de perecíveis).
Em tempos de pandemia, além do treinamento, é importante também orientar a equipe acerca dos cuidados para evitar o contágio e transmissão da Covid-19, mantendo a higienização das mãos e o uso adequado da máscara.
Além da segurança, essa modalidade de entrega pode ser bastante conveniente para clientes com diferentes perfis:
Para as empresas, como citamos, a entrega sem contato também é bastante vantajosa, pois torna o serviço mais ágil, especialmente quando o local para deixar a mercadoria é bem localizado e oferece facilidade de estacionamento. Além disso, o formato garante maior proteção aos colaboradores.
O coronavírus trouxe muitos impactos para o setor logístico e essa mudança no formato das entregas é apenas um deles. Quer saber mais? Continue em nossa página e veja como o transporte de cargas foi afetado pela pandemia!