Como incluir os pedágios para caminhões nos cálculos de rota?

Empresas que trabalham com transporte de carga rodoviário sabem a importância de gerenciar com atenção os pedágios para caminhões, já que, no fim do mês, esses valores podem fazer toda a diferença na rentabilidade do negócio.

No Brasil, um grande número de rodovias é administrado por concessionárias. Essas instituições cuidam da manutenção das estradas, sinalização, iluminação e outros serviços e, para isso, têm o direito de cobrar uma tarifa, cujo pagamento é, muitas vezes, inevitável.

Nesse sentido, muitas transportadoras ficam na dúvida: como planejar rotas levando em conta essas cobranças? Continue lendo este artigo e entenda como incluir o valor certo dos pedágios nos cálculos de suas viagens.

Comece com o planejamento

Calcular uma rota de forma eficaz não significa simplesmente determinar um caminho entre dois pontos. O planejamento é uma prática importante que envolve os processos internos da empresa e as demandas do cliente, sendo que seu objetivo é oferecer o melhor serviço de entrega com maior custo-benefício para ambos. Para isso, analisa-se qual é o percurso ideal considerando aspectos importantes como:

• prazo de entrega;
• contas fixas e variáveis;
• condições das vias e os pedágios;
• exigências do cliente;
• riscos;
• gasto com combustível;
• entre outros.

Com um planejamento, a transportadora consegue reduzir custos da operação e fornece ao motorista um plano estruturado para seu trabalho — evitando improvisos, desvios e problemas. Logo, desenhar trajetos é uma maneira eficiente de otimizar todo o sistema logístico e tornar seu serviço mais competitivo.

O primeiro passo do planejamento é a definição de todos os destinos da viagem. Dependendo do tipo de serviço do negócio — como carga completa ou fracionada — uma jornada pode ter um ponto de partida e chegada únicos ou incluir várias paradas em diferentes endereços.

Nesse último caso, delinear o melhor itinerário para atender todos os pontos de entrega é extremamente importante para garantir que o motorista atenda clientes próximos e não tenha que viajar com o caminhão vazio, ficar muito tempo parado, fazer retornos desnecessários, atrasar envios, entre outras situações.

Saiba como otimizar o cálculo de rotas considerando os pedágios para caminhões

Agora que você conhece a importância do planejamento como primeiro passo para o cálculo de rotas inteligentes, veja algumas dicas de como se organizar para incluir os pedágios para caminhões corretamente.

Automatize o cálculo de rotas

É possível determinar o caminho mais vantajoso com o auxílio da tecnologia, por meio de ferramentas roteirizadoras. Basta inserir as informações sobre destino e paradas que o programa estima o melhor caminho de acordo com suas preferências como tempo, segurança etc.

Programas que criam mapas eletrônicos também compartilham dados sobre horários de maior ou menor movimento nas estradas, condições das pistas, trânsito e ocorrências, por exemplo. Uma boa notícia é que todas as informações são atualizadas em tempo real, assim o motorista não é pego de surpresa.

Com relação aos pedágios para caminhões, uma funcionalidade interessante desses sistemas é permitir traçar rotas desviando desses postos de cobrança. Nesse caso, cabe à transportadora avaliar outras variáveis e decidir se vale a pena se esquivar desses trechos e adotar, por exemplo, um roteiro mais longo.

Informe-se sobre as concessões e valores de cada região

As rodovias Imigrantes e Anchieta, que ligam a cidade de São Paulo com alguns municípios paulistas, têm os pedágios mais caros do Brasil. Estudar os valores cobrados em cada região ajuda transportadoras a saber exatamente quando vão gastar e se é pertinente evitar certos trechos para economizar.

Além disso, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) definiu algumas medidas que conferem a isenção da cobrança do pedágio sobre eixos suspensos caso o veículo esteja vazio. Portanto, é importante verificar se as concessionárias dos pontos que sua empresa atende estão cumprindo a norma — o que não acontece em alguns trechos no estado de São Paulo.

Priorize o pagamento eletrônico

Utilizar cartões automáticos para o pagamento dos pedágios para caminhões — como o sistema Via Fácil — é muito válido, pois o motorista não perde tempo em filas — que podem se estender por quilômetros — e também não precisa circular com dinheiro em mãos, o que pode ser perigoso.

Ademais, esse esquema favorece a gestão financeira da transportadora. Com o pagamento eletrônico, o controle do frete e gastos com pedágios é otimizado, assim, gestores podem acompanhar com precisão os reais custos nas estradas e calculá-los precisamente na hora de formar seu preço, evitando prejuízos.

No mais, algumas empresas oferecem descontos e benefícios para transportadoras que contratam cartão para mais de um veículo. Por isso, vale pesquisar para poder reduzir despesas.

Avalie o custo-benefício

Por vezes, escolher um trajeto que não seja gerenciado por uma concessionária para fugir do pedágio significa ter que submeter caminhões e condutores por vias alternativas com condições péssimas, buracos, lama, sem iluminação ou sinalização que propiciam acidentes. Além do mais, os riscos de ataques e assaltos podem ser maiores.

Em função disso, cabe ao gestor de frota refletir se o pagamento dos pedágios para caminhões é conveniente diante de outros problemas mais graves que podem acontecer ou outros fatores — como trechos com opções de restaurante e acomodação mais caros. Anote todos os valores em uma planilha e avalie caso a caso.

Verifique as restrições dos clientes

Leve em conta as particularidades de cada entrega na hora de planejar rotas. Se um cliente tem restrições com relação aos horários de envio ou coleta, por exemplo, e a transportadora não se programar para tal, o motorista pode ter que ficar parado na estrada ou realizar uma segunda tentativa de entrega e, dessa forma, pagar a tarifa do pedágio mais de uma vez e ter mais despesas inesperadas.

Não se esqueça de incluir os demais custos

Por fim, é importante ressaltar que os pedágios para caminhões são apenas alguns dos custos que precisam ser levantados no momento do cálculo de rota. Logo, lembre-se das despesas fixas e variáveis para administrar melhor suas finanças. Os principais gastos fixos são:

• salário do motorista;
• seguro obrigatório (DPVAT — Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres);
• IPVA;
• impostos;
• desgaste do veículo;
• tecnologia — rastreamento veicular, roteirização etc.

Em contrapartida, alguns exemplos de custos que variam conforme a distância percorrida, o tempo de viagem e o número de entregas são:

• combustível;
• manutenção;
• pneus;
• lubrificantes.

O planejamento auxilia muito as transportadoras na hora de incluir os pedágios para caminhões — e demais gastos — no cálculo de rota. Com ele, é mais fácil analisar cenários, implementar melhorias, economizar e, sobretudo, fazer melhores escolhas que colaboram com o alto desempenho da gestão de transportes.

Gostou de descobrir como incluir os pedágios para caminhões no cálculo de seus trajetos? Então, aproveite para saber mais sobre o assunto e entenda como funciona a isenção de pedágio para caminhões.