Apresentado em 2014, o projeto para um novo padrão de placas começaria a ser adotado em 2016. Após adiar por três vezes, finalmente o padrão Mercosul de placas veiculares, já utilizado na Argentina e no Uruguai, será adotado no Brasil.
Os novos modelos entrarão em circulação a partir do dia 1º de dezembro de 2018, e serão designada para veículos zero quilômetro, transferidos de município ou propriedade, ou quando houver a necessidade de substituição da placa, como em situações de quebra, roubo, oxidação, etc.
Embora o primeiro texto previsse a troca obrigatória das placas até 2023, com a última alteração nas regras, os demais veículos que não se encaixarem nestas situações, não precisarão aderir obrigatoriamente ao novo modelo.
Portanto, apenas veículos 0Km, transferidos de município ou propriedade ou quando houver a necessidade da troca de placa, a partir do dia 1º de dezembro começarão a utilizar o padrão Mercosul de placas. Os proprietários de veículos que já estão em circulação, poderão escolher se farão a troca antecipadamente, já que estão fora da obrigatoriedade.
Esse modelo padronizado foi inspirado no sistema integrado já utilizado há vários anos pelos países da União Europeia. Aproximadamente 110 milhões de veículos pertencentes aos países: Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai passarão a usar o mesmo padrão de placas automotivas.
A principal intenção desta padronização é para que futuramente, seja possível criar um único banco de dados entre estes países, o que ajudará a fiscalizar as fronteiras, bem como o comportamento no trânsito destes veículos, quando estão em outros países. Hoje, há uma certa dificuldade em multar veículos estrangeiros que descumprem com as leis de trânsito em território brasileiro.
Veja agora outras dúvidas e respostas sobre o novo padrão Mercosul de placas.
No modelo atual, temos uma sequência de três letras e quatro números. Já no padrão mercosul, teremos essa ordem invertida. O novo modelo usará de 3 números e quatro letras, dispostos de forma aleatória, exceto pelo último dígito que será sempre numérico, para não interferir nos rodízios municipais.
Com isso, as combinações possíveis praticamente triplicam, de quase 176 milhões, para quase 457 milhões de combinações.
Outro ponto que difere do modelo atual é a questão da primeira letra da placa, que distingue o estado onde o veículo foi licenciado. Por exemplo, no estado do Paraná, a primeira letra de placa deve ser A ou B. Já no estado de São Paulo, a primeira letra da placa varia entre C e H. No novo padrão Mercosul de placas, esta primeira letra indicativa não será mais utilizada.
Diferente do modelo acinzentado, as novas placas terão fundo branco com margem superior azul, estampando o emblema do Mercosul à esquerda. No centro ficará o nome do país, e à direita os brasões nacional, estadual e municipal.
Com um fundo branco padrão, a diferenciação de veículos se dará pela cor das letras, sendo:
Para dificultar as falsificações, serão grafadas na diagonal o nome do país e do Mercosul, ao longo da placa. A nova placa também contará com uma tira holográfica (como aquelas existentes nas notas de R$ 50,00 e R$ 100,00) no lado esquerdo e um código bidimensional (QR Code) que identificará o fabricante, data de fabricação e número serial da placa.
Além disso, terá um chip e um código que facilitarão a identificação dos veículos roubados ou clonados nos países do Mercosul. É importante frisar que este chip não proporcionará o rastreamento do veículo. Para esta função, ainda será necessário contratar o serviço de rastreamento e monitoramento veicular.
Este chip conterá informações do veículo, e os dados poderão ser acessados diretamente pelas polícias federais e estaduais, bem como órgãos de trânsito dos estados e pela Receita Federal. Por ora, essa será a função do dispositivo, mas já se cogita ampliar suas funcionalidades, incluindo a abertura de portões e cancelas.
Embora esteja sendo noticiado que o preço das placas será mantido ou até mesmo reduzido, essa informação ainda não pôde ser confirmada. Os fabricantes de placas automotivas ainda não foram comunicados do custo que terão com os novos modelos.
Tendo em vista que o gasto com as novas chapas metálicas poderá ser mais alto, devido às novas exigências que garantem a segurança contra falsificações, é possível que o valor por placa tenha um reajuste.
Além destas mudanças, com o novo padrão Mercosul de placas, não será mais preciso utilizar lacre, visto que ao empregar as novas tecnologias para fortificar a segurança, o lacre passou a ser um item dispensável.
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