Marketplace nada mais é que um modelo de negócio bastante popular no mundo digital. Na prática, ele funciona como um shopping virtual, ou seja, é uma plataforma 100% online que reúne vários prestadores de serviços em um só ambiente. É um lugar que busca conectar oferta e demanda de maneira prática. Por meio dessa ferramenta, os clientes podem encontrar e pesquisar profissionais especializados na demanda que precisam e escolher qual deles se adequa melhor às suas necessidades.
Como desdobramento do marketplace, temos outro conceito relacionado especialmente ao universo logístico: o marketplace de cargas. A definição é a mesma, o que muda aqui é o setor: nesse caso, a plataforma de marketplace oferece apenas serviços relacionados ao transporte de cargas. Dessa forma, a ferramenta conecta basicamente transportadoras ou embarcadores a caminhoneiros autônomos.
O conceito que vem do mundo digital para a logística tem como principal objetivo conectar demandas. Ou seja, a finalidade, de maneira geral, é unir quem tem uma demanda de serviço (transporte da carga) com quem está disponível para executá-la (caminhoneiro). Como exemplo prático do dia a dia, temos o Uber. O grande objetivo desse aplicativo é conectar um motorista com carro disponível com uma outra pessoa que precisa ser transportada de um ponto A para outro ponto B.
Da mesma forma, esse processo pode acontecer com demandas logísticas por meio da ferramenta de marketplace. Só que, nesse caso, a demanda de serviço é o transporte de produtos. Sendo assim, a plataforma de marketplace para cargas busca conectar o motorista autônomo com caminhão disponível a uma empresa que precisa que uma determinada mercadoria seja transportada.
E já existem soluções como essa disponíveis no mercado: um exemplo é o TruckPad. Por lá, é possível localizar, pesquisar e contratar diversos motoristas autônomos disponíveis, com caminhões prontos para realizar o serviço de transporte.
A ferramenta é 100% digital e, na maioria dos casos, pode ser acessada por meio do computador e também do celular. Normalmente, a plataforma web é mais completa e traz mais funcionalidades. Já no app, o destaque é a facilidade de publicar uma carga e encontrar motoristas rapidamente. A plataforma conta com dois acessos basicamente: um para a transportadora e outro para o motorista. É importante ter essa diferenciação para que não haja confusão. Afinal de contas, as demandas são diferentes de cada perfil.
É a transportadora que divulga a oferta de serviço. São solicitadas informações padrão, como preço a ser pago, endereço de coleta e entrega, mercadoria a ser transportada, seu peso, veículo necessário para o transporte e etc. É obrigatório preencher esses campos na hora de fazer o anúncio na maior parte das plataformas. Isso porque é uma forma que a ferramenta de marketplace tem de garantir a qualidade do que é ofertado e evitar que anúncios recebam menos interações dos motoristas.
Após realizar a oferta e publicá-la, ela ficará disponível na ferramenta para que os caminhoneiros interessados e dentro do perfil desejado entrem em contato com a transportadora. Na plataforma TruckPad, ainda é possível realizar toda essa etapa de troca de mensagens no mesmo ambiente.
Por outro lado, o caminhoneiro autônomo vai utilizar a ferramenta de outra forma. Ele terá acesso à página com todas as ofertas feitas pelas diversas transportadoras cadastradas. No ambiente, ele poderá filtrar a demanda que pode assumir. Nesse momento, é importante que ele confira se todos aqueles requisitos descritos estão de acordo com a sua realidade.Quer um exemplo prático disso? Em algumas mercadorias, é fundamental que o caminhoneiro possua uma carroceria específica para realizar o transporte. Por isso, o motorista deve ficar atento a esses critérios para não causar nenhuma frustração para si e até para a transportadora.
O motorista contratado por meio do marketplace será um prestador de serviço e não um funcionário com vínculo trabalhista com a empresa, ou seja, ele não terá carteira de trabalho assinada. Por conta disso, o caminhoneiro autônomo acaba sendo uma opção bem mais barata para a transportadora, que não vai precisar arcar com despesas listadas na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), como:
No caso do motorista autônomo, a empresa deve apenas assumir o pagamento do frete e respectivos custos operacionais do frete, como: combustível, pedágio e impostos.
No caso de contratação de caminhoneiros autônomos, a empresa também não precisa se preocupar com manutenção de veículo. Ou seja, mais economia para o bolso no fim do mês. Isso porque, com o motorista autônomo, a empresa contratante precisa se responsabilizar apenas com o pagamento do frete, que inclui gastos somente com pedágios e combustível.
Uma das principais vantagens de adotar o modelo marketplace é que, com ele, torna-se possível contratar caminhoneiros de qualquer lugar do país. São mais de 900 mil opções de contratação, número aproximado de Transportadores Autônomo de Cargas, os TACs, de acordo com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
O conceito de marketplace se apoia na Nova Economia. Já ouviu falar nesse outro termo? Criado em 1990, ele se refere a um novo modelo de compra e venda de produtos e serviços. Aliado ao avanço tecnológico, a Nova Economia faz uso de tecnologias, como a Internet, nas facilidades de comunicação e transferência de informações para fazer negócio.
A Nova Economia acredita na agilidade e no desenvolvimento de soluções eficientes que atendam, de fato, a realidade dos consumidores. Baseada em análises de dados e na experiência dos clientes, empresas inspiradas nesse conceito agem rápido, respondem com agilidade às mudanças do mercado e às necessidades do comprador.
Da mesma forma acontece com os serviços. A partir de novas tecnologias e desse conceito de Nova Economia, termos como o marketplace surgem dessa necessidade dos clientes de economizar e conseguir de maneira independente contratar prestadores de serviços. Quer saber mais sobre os desafios de uma transportadora digital? Clique aqui.
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