Em tempos de economia recessiva, e com o aumento do preço do combustível, quaisquer medidas para economizar se fazem necessárias, não é mesmo? Antes de cortar custos definitivos, aconselhamos a ler nossas dicas, e descobrir o que é mito ou verdade no que se refere ao consumo de combustível e seu desempenho.
Mito. Gasolina aditivada não interfere no desempenho do motor. Os aditivos complementares do combustível servem apenas para limpar os resíduos da câmara de combustão do motor, e não aumentam a potência, nem reduzem o consumo de combustível.
Verdade. Óleo vencido faz aumentar o atrito interno das peças do motor e consequentemente também o consumo, por isso, troque-o regularmente. Trocar os filtros de óleo, ar e combustível também é de extrema importância. Siga fielmente os prazos estipulados pelas montadoras e o motor do seu veículo terá um ótimo desempenho, sem impurezas que interfiram na mistura de ar e combustível e na lubrificação de suas partes.
Verdade. Quando os pneus dos veículos não estão devidamente calibrados, o atrito com o chão é maior, exigindo mais do motor para retirá-lo da inércia e mantê-lo em movimento, consequentemente, consumindo mais combustível.
Mito. Um carro com rodas desalinhadas possui um consumo maior do que se estivesse devidamente alinhado, pois, se uma das rodas não estiver rodando normalmente, o motor será obrigado a trabalhar com mais força para estabilizar o veículo.
Verdade. A prática causa problemas futuramente. Há casos que em que há travamento de válvulas por deixar esse combustível velho demais.
Verdade. Rodar com o ar ligado aumenta o consumo, pois o compressor do sistema é acionado por uma correia conectada diretamente à polia do motor. Isso significa que cada giro do motor é aproveitado para fazer rodar, além das rodas, acessórios como o compressor do ar condicionado.
Verdade. A perda na aerodinâmica com a entrada de vento pelas janelas do veículo compromete o rendimento graças a um aumento significativo da resistência do ar. Abrir os vidros em altas velocidades cria o chamado efeito paraquedas, em que o próprio carro funciona como uma bolsa de ar e assim exige muita força do motor, portanto, pedindo mais combustível para superar essa barreira adicional.
Mito. Não há dúvida de que, ao fechar os vidros na estrada, você melhora a aerodinâmica do carro, consumindo menos combustível. Agora, falar que o combustível que você economiza com isso compensa o que iria gastar a mais se ligasse o ar-condicionado não é correto. Isso seria verdade apenas em velocidades realmente elevadas, como uns 200km/h por exemplo, que está longe de ser uma velocidade segura.
Mito. Deixar o veículo “na banguela” já foi sinônimo de economia de combustível quando ainda se usavam carburadores. Hoje, com a injeção eletrônica, se o câmbio está em ponto morto a central comanda a injeção da quantidade de combustível que o motor precisa para funcionar em marcha lenta. Mas se estiver engrenado em qualquer marcha e em movimento, a mesma central corta totalmente o envio de combustível se não tiver nenhum comando vindo do pedal do acelerador. Sem contar de que deixar o carro desengrenado não é seguro, pois você não poderá contar com o freio motor.
Verdade. Segundo o coordenador técnico de combustíveis da rede Ipiranga, Ricardo Rocha, a prática pode prejudicar o cânister, um filtro de carvão que recebe os vapores de combustível. Como o filtro só pode receber vapor, é preciso garantir que não chegue combustível até ele.
Verdade… e é até mais vantajoso. A alta octanagem permite maiores taxas de compressão e explode melhor, beneficiando qualquer tamanho de motor.
Mito. Especialistas explicam que os veículos flexíveis são projetados para operarem tanto com gasolina quanto com etanol, sem limitações quanto ao abastecimento.
Verdade. O aditivo presente mantém limpo o sistema de injeção e válvulas, permitindo que o motor opere nas condições de especificação do fabricante e reduza as emissões.
Mito. Apesar das calibrações aceitarem pequenas variações, etanol acima do especificado causa funcionamento irregular do motor e fadiga de algumas peças.
Verdade. O maior risco ocorre quando o nível está baixo. Se houver alguma impureza no fundo do tanque, ela poderá ser arrastada. Por esse motivo, não é recomendada a prática de só completar um quarto do tanque quando o combustível já estiver acabando.
Mito. Ao contrário do que já foi afirmado, a bomba elétrica de combustível não necessita estar imersa. A lubrificação e refrigeração são feitas por meio da passagem do próprio combustível, independentemente da sua montagem dentro ou fora do tanque. Além da passagem do combustível, também é importante verificar o estado dos filtros (de linha e do pré-filtro da bomba), que podem, caso estejam saturados, exigir que a bomba faça muito mais força para enviar combustível aos injetores, aumentando assim seu desgaste.
Mito. Para se ter ideia, a gasolina comum tem a mesma octanagem da gasolina Super europeia. A gasolina Podium, por exemplo, de alta octanagem, é uma das melhores do mundo.
Por estas razões, o cálculo do combustível não se mede apenas pelo tipo de veículo ou motor, mas também pelas condições em que o veículo está rodando. Siga estas dicas e garanta um melhor desempenho e economia a cada abastecimento de seus veículos. Conte com a Bsoft para ajudar a manter sua frota otimizada!
3 Comments
Muito útil essa matéria, sanou várias dúvidas que eu tinha com relação ao consumo de combustível do meu carro.
A gasolina brasileira realmente ser ruim ou não vai de pontos de vista. No geral considero-a ruim por dois motivos. Ela tem octanagem relativamente baixa pra quantidade de alcool que nela é adicionado ou seja, nossa gasolina base é sim, ruim! Temos a mesma octanagem da “super” européia e lá tem quantos porcento de alcool, 5%, 10% no máximo? Depois vem o fato que lá a gasolina é mais limpa, tem apenas 10PPM de enxofre, a nossa somente há pouco tempo atrás teve redução pra 50PPM. Depois vem as adulterações que são muito comuns em nosso país, infelizmente! E tem mais uma coisa que ia me esquecendo, nos EUA e Europa… todas gasolinas são aditivadas, não existe comum, tirando em Portugal se não me engano, onde decidiram lançar uma gasolina mais barata, vendidas em postos de super-mercado, sem aditivo algum, em postos sem bandeira… Houve lá uma discussão bem grande sobre isso e tudo mais segundo um “informante” de Portugal me passou… Aqui em 2014 já era pra termos todas gasolinas com aditivos limpadores, mas o governo melou tudo e o assunto caiu em esquecimento!
Bem posicionado, Rauser.
Obrigada pela sua contribuição aqui no nosso post! 😉