As atividades de uma transportadora representam apenas um dos elos da cadeia de suprimentos. Esse é um aspecto que requer inúmeros cuidados para que a empresa seja capaz de prestar serviços com eficiência. Para que isso seja possível, os profissionais precisam conhecer o que é SCM.
Essa sigla representa o Supply Chain Management ou Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Essa metodologia é definida pela integração de todas as rotinas envolvidas na movimentação de bens e insumos. O seu foco é otimizar o processo logístico desde a expedição do pedido pelo fornecedor até a sua chegada no destinatário.
Este artigo é justamente para sanar as suas dúvidas sobre o assunto, demonstrar os benefícios e como incorporar melhorias no contexto da gestão da sua transportadora. Continue lendo para conhecer mais sobre o assunto!
Para começar, é preciso entender o conceito de supply chain. Esse é um termo em inglês que denomina a cadeia de suprimentos, também conhecida como cadeia logística. Esse processo é representado por um ciclo que começa na fabricação do produto e termina na entrega ao cliente final.
Por isso, contempla várias etapas que devem ser executadas de forma integrada, inclusive as realizadas pelas transportadoras. Mais que isso, a cadeia de suprimentos é constituída por diferentes empresas, chamadas de elos, que atuam para agilizar os processos e garantir a satisfação do consumidor. Além disso, também é importante conhecer quais atividades estão envolvidas nessa operação.
Assim, é importante considerar as rotinas de marketing, vendas e o desenvolvimento de produtos. Isso também inclui o armazenamento de produtos e a sua distribuição. As atividades desempenhadas pelas empresas logísticas fazem parte da cadeia de suprimentos e impactam o consumidor final.
A partir de sua experiência, as etapas interferem na eficiência do processo e levam ao resultado, que pode ser positivo ou negativo. Por esse motivo, é incorreto acreditar que a logística é responsabilidade apenas da fabricante.
Todos os elos da cadeia são afetados, se houver erro em alguma das etapas. Por exemplo, o lojista precisa entender os aspectos da produção, por exemplo:
Em uma indústria, a cadeia logística é mais complexa. Por sua vez, as transportadoras estão na fase final, mas ainda são relevantes para a eficiência do processo. Afinal, se houver atraso na entrega ao cliente final ou ao distribuidor — lojista —, o contrato pode ser até rompido.
O gerenciamento da cadeia de suprimentos deve fazer parte de todo o planejamento logístico. Dessa forma, essa rede abrange indivíduos, organizações, atividades, recursos e tecnologia que devem coordenar os seus esforços para lidar com a demanda dos clientes. Assim sendo, os três fluxos principais são de:
Para garantir o fluxo adequado, o Supply Chain Management (SCM) foca a gestão dessas três variáveis. Dessa forma, é possível atender e até superar as expectativas dos clientes com custo baixo.
Por esse motivo, a gestão da cadeia logística é uma vantagem estratégica para as empresas. Responsável por integrar todas as etapas, a consequência é a otimização do serviço e a melhoria da qualidade do produto e da entrega realizada.
O objetivo final da logística é gerar valor. Por isso, é sua responsabilidade garantir a entrega e o funcionamento de todas as etapas de forma adequada. Dentro desse contexto, está a cadeia de suprimentos. Para alcançar o resultado esperado, é necessário fazer a alocação correta dos recursos. Desse modo, há uma gestão estratégica, que considera:
Em resumo, o supply chain é abrangente e inclui várias etapas, inclusive a gestão de transportes. Quando ela é bem estruturada, o resultado é a satisfação do cliente e a eficiência dos processos. Para uma transportadora, representa vantagem competitiva e a possibilidade de fechar mais negócios e expandir suas operações.
Para entender o processo, é preciso diferenciar logística e cadeia de suprimentos. Como vimos, os conceitos se confundem, mas a primeira foca o deslocamento da mercadoria de acordo com os prazos de entrega e o nível de qualidade esperado. Assim, o item é entregue sem avarias. Por isso, a logística inclui:
Por sua vez, o supply chain é responsável pelos sistemas operacionais e métodos relacionados ao produto, ainda que de forma indireta. Por exemplo, depósito, compras e inventário. Como é mais abrangente, envolve:
Quando o gerenciamento da cadeia de suprimentos é efetivado, ele ajuda a reduzir custos e trazer eficiência aos seus resultados. Para chegar a esse patamar, é necessário atentar às seguintes variáveis:
Esses elementos devem ser integrados à cadeia logística para que o fluxo seja eficiente e eficaz. Da mesma forma, a empresa alcança melhores resultados e conquista competitividade a partir de três eixos:
Perceba que todos os pontos-chave são interligados e trabalhados conforme uma escala evolutiva. Para acompanhar a performance, use métricas e indicadores condizentes com o planejamento estratégico do seu negócio.
Usar a cadeia de suprimentos para ter uma visão mais estratégica é uma forma de trazer eficiência à sua empresa. Existem várias vantagens ao efetivar o gerenciamento. Uma delas é o aumento da coordenação entre todas as partes envolvidas, ou seja, fabricantes, transportadoras, fornecedores, varejistas e consumidores.
Com essa amplitude, fica mais fácil agilizar os fluxos de informação, capital e produtos. Ao mesmo tempo, há redução dos problemas e dos gastos desnecessários. Outros benefícios conquistados são os que listamos a seguir.
Diminuir os gastos depende de relações de confiança e boas práticas de governança. Todos os elos da cadeia de suprimentos devem estar bem integrados para que conquistem vantagens competitivas em conjunto.
Mais do que isso, é necessário investir na alocação correta dos recursos. Desse modo, é possível diminuir as falhas, a contabilização incorreta e os desperdícios. Por exemplo, ao trazer eficiência a esse processo, você deixa de ocupar espaços além do necessário na sua transportadora. Com isso, há menos perda de materiais, redução das avarias e mais agilidade nas entregas.
É importante destacar que o sucesso da gestão da cadeia de suprimento passa pela redução de custos. Esse é um diferencial competitivo necessário em um mundo globalizado e no qual há uma pressão do mercado por mais variedade de produtos, com boa qualidade e menor preço possível.
Para alcançar a redução de custos, sua empresa pode usar a automação logística no transporte das mercadorias. Por exemplo, com o rastreamento veicular, é possível saber onde cada veículo está, o trajeto realizado e se houve alguma inconsistência na entrega.
Por sua vez, um software para controle de transportadoras permite gerenciar a frota, fazer o cálculo exato de custo e o lucro de cada operação. Ainda pode fazer acerto com motoristas, verificar a manutenção dos veículos e gerenciar o estoque e o armazém.
Garantir a satisfação da qualidade passa por processos fluidos, corretos e ágeis. É preciso atentar aos detalhes e realizar mensuração contínua dos resultados para identificar o desempenho atual, quais pontos merecem atenção e os aspectos já vistos como positivos.
Por suas características, a qualidade na entrega depende diretamente do gerenciamento de risco. A ideia é garantir uma cadeia logística integrada e transparente nas informações para facilitar o conhecimento compartilhado.
Além disso, esse fator também está relacionado ao aumento da eficiência e à redução dos custos. Por isso, vale a pena investir na automação para padronizar os processos de negócio e responder às demandas de maneira mais precisa e flexível.
Fazer entregas dentro do prazo é um ponto importante para agregar valor ao cliente. Os processos precisam ser ágeis, porque isso garante o aumento do faturamento e permite fechar ainda mais negócios.
Para colocar essa ideia em prática, é possível usar algumas metodologias, como o Just in Time (JIT) e o Lean Manufacturing. O primeiro foca a entrega dos produtos na hora exata para evitar muitos itens armazenados e o desperdício.
Por sua vez, a Manufatura Enxuta trabalha a eliminação das atividades desnecessárias que não agregam valor para garantir a melhoria contínua, o aumento da capacidade produtiva, a agilidade do trabalho e a redução de custos.
Mais do que isso, usar os sistemas de gerenciamento da frota e para automação das operações contábeis e fiscais — como geração de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e Manifesto de Documento Fiscal Eletrônico (MDF-e) — ajuda a trazer rapidez e garantir entregas pontuais aos clientes.
A rotina de supply chain garante processos mais bem executados e estratégicos. Você sabe o que deve fazer e, como integra as atividades por meio da tecnologia, reduz o tempo empregado com as tarefas operacionais. Isso leva ao maior controle dos recursos, dos pedidos e das operações diárias.
Com isso, encontram-se mais oportunidades no mercado, porque tem uma atuação mais estratégica. Com o crescimento da vantagem competitiva, melhora a reputação da sua transportadora e conquista mais clientes, que veem valor agregado nos serviços prestados.
O desequilíbrio do supply chain prejudica a imagem da sua transportadora, porque a entrega de mercadorias em prazos incorretos gera insatisfações. Com a profissionalização do trabalho, fica mais fácil negociar com fornecedores.
Os resultados positivos se transformam em receitas, especialmente por conta do fechamento de mais negócios. Além disso, o feedback recebido garante melhorias contínuas, assim como o acompanhamento dos indicadores reforça os resultados obtidos no que se refere à performance.
As tecnologias aplicadas na cadeia de suprimentos garante processos integrados entre todos os elos da rede. Como consequência, há uma comunicação eficaz entre todas as partes. Fica mais fácil aplicar melhorias contínuas, que resultam em satisfação dos clientes.
Mesmo quando consideramos que uma empresa já conta com processos maduros e confiáveis, ainda há a possibilidade de cometer erros que afetam o desempenho da operação. Por isso, separamos alguns exemplos de erros que, de forma inesperada, podem se manifestar.
Se você é um profissional da área, já sabe que a operação logística é complexa e requer planejamento. Por esse motivo, é fundamental considerar os riscos envolvidos. É recomendado criar um mapeamento detalhado que demonstra quais áreas representam os maiores riscos.
As atividades de embarque e desembarque de mercadorias, bem como o a movimentação de carga devem ser priorizadas para evitar danos. Por isso, é fundamental adotar medidas para a segurança da equipe e a proteção da carga.
O relacionamento com os clientes é um dos pilares do sucesso da empresa. Ser reconhecida no mercado com uma empresa que presta um atendimento de qualidade é um diferencial que ajuda a conquistar novas oportunidades de negócio.
Assim, as empresas que não focam na experiência dos seus clientes, frequentemente, têm que lidar com reclamações e tem elevado índice de insatisfação. Esse é um problema que tem que ser solucionado com urgência para reconstruir a reputação no mercado.
Atuar no setor de logística é uma decisão que deve ser tomada com base em uma detalhada avaliação do mercado e do potencial de retorno do investimento. É possível prestar serviços diretamente para a indústria, centros de distribuição ou para o varejo.
Inclusive, o comércio eletrônico é responsável por movimentar a economia de forma significativa. De acordo com um estudo divulgado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), estima-se que o faturamento no ano de 2021 pode R$ 304 bilhões. Esse total representa um crescimento de aproximadamente 38% com relação ao ano anterior. Portanto, encontre o seu nicho e explore a diversificação dos serviços de transporte.
A comunicação e o compartilhamento de dados são pilares do processo de gerenciamento da cadeia de suprimentos. Por isso, as empresas que se dedicam à distribuição de mercadorias devem investir em ferramentas capazes de integrar os processos de trabalho e facilitar a comunicação.
Hoje, já existem sistemas de gestão que automatizam esse processo e garantem que os dados estratégicos estejam disponíveis para consulta. Isso inclui o rastreamento da carga, a notificação após a emissão de documentos fiscais e o registro da entrega. Por esse motivo, recomendamos considerar a aquisição de uma ferramenta informatizada.
As informações vistas até aqui mostram que a relação entre logística e cadeia de suprimentos é próxima e, muitas vezes, confusa. Aplicar melhorias é fundamental para garantir a eficiência em todos os elos dessa rede, desde fabricante até o consumidor final.
O que você pode fazer na sua transportadora? Algumas boas práticas são as que apresentamos abaixo com base na nossa experiência no setor.
O grande objetivo do supply chain é garantir que os processos contínuos e integrados façam o produto chegar ao consumidor da maneira correta. Esse quesito está diretamente relacionado ao controle e à visão sistêmica. Portanto, reflete-se de maneira clara na eficiência e na qualidade das atividades executadas.
Por exemplo, assim que um pedido de compra é feito, ele fica cadastrado no sistema e toda a cadeia logística tem acesso à informação. Caso seja verificada alguma inconsistência, é preciso analisar os dados e tomar decisões embasadas. Aqui, entra a tecnologia da informação.
Com os sistemas corretos e adaptados para as transportadoras, o controle de todas as atividades é feito por uma mesma plataforma. Por meio do sistema, é possível verificar aspectos:
Assim, todas as variáveis são abrangidas em um só local, o que facilita o gerenciamento e o controle.
Esse é um dos principais aspectos, já que você depende desses parceiros para executar seu trabalho. O ideal é efetivar um processo de qualificação por meio de um e-procurement, que vai verificar os critérios cumpridos e se todos eles são atendidos.
Mais do que isso, é preciso elaborar políticas para períodos de escassez. Nesses períodos, costuma haver encarecimento das mercadorias e vale a pena procurar outros parceiros para fornecer alternativas para a sua empresa.
No entanto, sempre se lembre de priorizar o custo-benefício. Quando você olha apenas o preço, esquece a qualidade. Esses fatores precisam estar em equilíbrio.
A gestão da cadeia de suprimentos é o foco atual, porque integra os processos logísticos. Por meio dessa prática, o fluxo de materiais e informações, tanto dentro quanto fora da empresa é otimizado. Da mesma forma, os relacionamentos são estreitados para garantir melhores resultados, agregação de valor e redução do desperdício.
Isso acontece por meio da realização de parcerias estratégicas. Elas garantem a colaboração entre todos os elos da cadeia de suprimentos para melhorar os ganhos de ambas as partes. Mais do que isso, há fluidez no fluxo de informações em níveis:
Dentro desse viés matricial, os sistemas de informação devem estar interligados e disponíveis, inclusive com o transportador e o operador logístico. Ambos são fundamentais para a execução da estratégia, especialmente o primeiro, que garante a entrega dos produtos ao consumidor final.
O abastecimento precisa ser garantido, mas deve estar relacionado ao custo de estoque e armazenagem. O melhor é manter o menor número possível de produtos armazenados para agilizar a movimentação das mercadorias e evitar que o capital permaneça parado.
Ao mesmo tempo, é necessário analisar outros fatores, como a capacidade de atender os pedidos. Esse fator garante a sobrevivência da empresa no mercado. Por isso, é impossível adotar uma política em que seja possível ficar sem os suprimentos.
Outra variável é o tamanho do estoque em comparação com o custo de armazenagem. Nesse cálculo, ainda são consideradas instalações, estrutura, mão de obra e segurança. Portanto, cada integrante da cadeia de suprimentos deve gerenciar os aspectos pelos quais é responsável. Desse modo, as atividades seguem o fluxo normal e são evitados atrasos nas entregas ao consumidor.
Por fim, o transporte é uma variável-chave, já que o custo pode ser maior ou menor, conforme a qualidade da gestão. O recomendado é usar sistemas que traçam as rotas de distribuição e as rotinas. O planejamento deve ser rigoroso e seguido à risca, a fim de que a capacidade máxima do veículo seja aproveitada.
A mudança no comportamento dos clientes torna-os mais exigentes. Sua empresa precisa se ajustar às novas necessidades. Para isso, é importante prever as demandas e realizar as compras a partir das estimativas realizadas.
O cálculo deve ser embasado no histórico, com a aplicação de uma margem de segurança. Além disso, ofereça uma experiência de compra diferenciada. Invista na fidelização ao ultrapassar as expectativas dos consumidores, por exemplo, pelas informações de rastreamento, entrega antes do prazo e outros fatores positivos.
Os processos devem ser medidos para verificar como está seu desempenho, o que está correto e o que precisa ser melhorado. Dentro da gestão da cadeia de suprimentos, uma dica é usar o Modelo de Referência das Operações na Cadeia de Abastecimento (SCOR).
Esse método é voltado para medir as atividades da rede. Para isso, são trabalhados três conceitos:
Os indicadores devem ser definidos de acordo com o seu ramo de atuação. De toda forma, alguns deles são:
As atividades realizadas precisam ser identificadas a partir de um levantamento completo. Confira todos os procedimentos, ações e tarefas executados e acompanhe seu desenvolvimento. Faça esse trabalho de modo contínuo, como parte da rotina administrativa do negócio.
Desse modo, é possível fazer uma avaliação periódica e conferir todo o fluxo produtivo. Da mesma forma, fica mais fácil fazer melhoria ao longo das etapas que envolvem ou dependem do supply chain.
A sua transportadora precisa embasar todas as ações no planejamento estratégico traçado. Se alguma atividade estiver em desacordo, ações corretivas devem ser realizadas. Essa recomendação depende da mensuração dos indicadores. Ao trabalhar com índices de performance, é possível controlar todas as etapas logísticas e a qualidade dos fornecedores.
Por exemplo, você verifica qual foi o índice de perdas em relação à velocidade das entregas. Ou qual foi o aumento de gastos com o transporte. Use também a tecnologia. Os softwares para transportadoras têm dados mais precisos, o que torna os resultados mais eficientes. Além disso, você trabalha com interfaces fáceis de usar, com gráficos completos e relatórios de leitura fácil.
Com todas essas dicas, você percebeu que é preciso automatizar a sua transportadora para fazer um bom ter um bom conhecimento de o que é SCM. Desse modo, é possível trabalhar com flexibilidade e precisão, ao mesmo tempo em que os riscos são diminuídos e os seus resultados são aprimorados.
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