Um dos principais objetivos do setor logístico de uma empresa é o de deixar os processos mais eficientes. Para alcançar essa meta é importante recorrer a tecnologia de ponta. As ferramentas modernas permitem que você tenha acesso aos melhores recursos, ou seja, aqueles que otimizam a gestão logística. Saber o que é RFID para o setor de logística é uma grande vantagem competitiva. Quer saber qual a importância desse sistema?
Neste artigo, você vai entender mais sobre RFID e qual a sua aplicação nos processos de logística atuais. Confira a seguir e boa leitura!
Tecnologia RFID é uma das inovações mais valiosas para a cadeia logística. RFID significa Radio Frequency Identification (em português, Identificação por Radiofrequência). Por meio dela, podemos fazer a identificação individual de cada produto, registrar informações técnicas e rastrear a mercadoria. O funcionamento da tecnologia RFID depende de:
As etiquetas RFID, no setor de logística, são utilizadas para fazer o monitoramento de uma cadeia de suprimentos, permitindo um controle mais prático sobre a movimentação de estoque. Mas como isso é possível?
Por meio de chips com informações relacionadas às mercadorias. Essas etiquetas são colocadas no carregamento ou nas embalagens dos produtos e todas as informações são transmitidas por sinais de rádio e interpretadas de forma simultânea pelo sistema de gestão da empresa.
O primeiro passo para a transmissão de potência elétrica sem fio, foi dado pelo cientista Nikola Tesla (1856-1943). Tesla desenvolve em paralelo com seus estudos, experimentos importantes sobre o envio de energia elétrica pelo ar. Nesse mesmo período, outro cientista, Heinrich Hertz apresentou por meio da demonstração que as ondas eletromagnéticas podem ser detectadas e propagadas. No entanto, para a época, não haviam geradores capazes de aplicar na prática todas as suas concepções.
Duas décadas se passaram e as pesquisas demonstraram a possibilidade de realizar a frequência de rádio por identificação remota. Os sistemas RFID ofereciam alguns obstáculos em relação a sua produção em larga escala devido ao preço elevado e a falta de padronização do sistema. Por meio de estudos e do aprimoramento da tecnologia, o sistema de RFID foi sendo atualizado, permitindo um maior alcance de leitura e uma maior velocidade com as trocas de dados.
Para facilitar a comercialização dessa tecnologia, as empresas reguladoras estabeleceram padrões ISO, diretrizes e códigos de barra regularizados. Com o passar dos anos, a tecnologia avançou contribuindo significativamente para as etiquetas de RFID. Desenvolveu-se protocolos, como o código eletrônico de produto e uma infraestrutura de rede capaz de permitir acesso dos dados do sistema no ambiente virtual.
O RFID utiliza antenas capazes de enviar ondas de rádio frequência, com dados e informações que são captados pelas etiquetas. O leitor do sistema realiza a decodificação e o tratamento do sinal, convertendo esses dados em informações importantes e que são transmitidas para um computador. Os principais tipos de RFID, são:
O preço de uma etiqueta pode variar de um país para outro. Nos Estados Unidos, o preço de uma etiqueta RFID passiva é de US$ 0,25, enquanto no Brasil, o valor é de até US$ 1, ou seja, em torno de R$ 5,30.
Agora que você já sabe o que é RFID, vamos analisar como ela funciona. É uma tecnologia que utiliza de uma antena e um transceptor cuja função é receber o sinal das etiquetas RFID e transmiti-lo para o dispositivo qualificado para a leitura desses sinais. O dispositivo capta e converte o sinal em dados digitais para serem tratados e analisados pelo sistema.
As etiquetas atuam como um transponder e, por meio do sinal emitido, conseguem transmitir informações que são usadas para identificação, rastreamento ou monitoramento de mercadorias. No sistema ativo, as tags dispõem de uma bateria interna, o que contribui para melhorar sua autonomia e sua potência.
Já no modelo do sistema passivo, as tags são alimentadas com a energia da própria antena do dispositivo leitor, que, ao mesmo tempo em que faz a emissão de ondas eletromagnéticas, também funciona como fonte de energia.
Apesar de dispor de curto alcance, a antena tem capacidade para captação do sinal de diferentes etiquetas simultaneamente e em direções variadas, pois não precisa ficar apontada para determinado ponto, como acontece com os leitores de código de barras.
A tecnologia RFID oferece muitas vantagens para o setor logístico. Vamos analisar algumas delas nos tópicos a seguir.
O rastreamento de objetos é uma das melhores aplicações das etiquetas RFID. Nos trabalhos de um armazém ou de um CD (centro de distribuição), podemos eliminar a contagem manual e usar apenas as informações do leitor de RFID.
As peças que são usadas na linha de montagem podem ser rastreadas em diferentes fases de produção e os equipamentos associados à movimentação das cargas também podem ser rastreados pela tecnologia RFID. Podemos, ainda, acompanhar a localização de caminhões, paletes, empilhadeiras e peças de valor agregado muito alto.
Quando falamos em gestão de frota, podemos combinar as tags RFID com sistemas GPS. Isso possibilita conhecer a localização da carga e dos caminhões que estão transportando as mercadorias.
Para conseguir uma atualização integral dos itens estocados, usamos os leitores posicionados ao longo do armazém. Desse modo, recomendamos programar uma varredura periódica com a finalidade de conseguir a localização e a contagem precisa dos elementos de cada categoria.
Na gestão de cadeia de abastecimento temos: os fabricantes, os distribuidores, os revendedores e as transportadoras. Dessa forma, as atividades relacionadas à compra, à produção, às vendas e ao transporte dependem umas das outras.
A identificação por radiofrequência é usada para assegurar mais agilidade e segurança aos processos associados à movimentação dos produtos. As funcionalidades envolvem muitas etapas:
A tecnologia RFID oferece outras vantagens ao setor de logística, como:
Como qualquer tecnologia disponível, o RFID também apresenta algumas limitações entre elas:
Para entender melhor o que é tecnologia RFID e suas vantagens, vale a pena fazer uma comparação entre ela e a tecnologia do código de barras. O código de barras já é usado em aplicações diversas desde que foi criado, na década de 70, nos EUA. Trata-se de uma série de 13 dígitos sobre um conjunto de listras escuras e brancas com diferentes espessuras.
Ele é usado em etiquetas e em embalagens de mercadorias diversas e registra dados como o preço de venda, a empresa que fabricou e a descrição do item, dentre outras informações importantes para o setor de logística. No entanto, a leitura do código de barras não é tão flexível quanto o RFID e exige posição próxima e correta, além de aproximação entre leitor e código, pois a leitura é sempre visual. Em termos tecnológicos é possível concluir que o RFID é a evolução tecnológica do reconhecimento via código de barras.
Apesar de serem duas tecnologias que permitem a comunicação sem fio entre dispositivos através de ondas de rádio, a NFC possui diferenças do RFID.
A sigla NFC vem do inglês Near Field Comunication, que em tradução literal significa comunicação de campo próximo. A NFC é uma tecnologia que permite que dispositivos eletrônicos se comuniquem entre si quando estão muito próximos, geralmente a uma distância de até uns 10 centímetros.
Você provavelmente já deve ter visto ou até realizado pagamentos aproximando o celular da máquina de cartão, a tecnologia utilizada para que isso seja possível é a NFC.
A NFC difere-se do RFIC no alcance, frequência, comunicação e padrões de segurança. Com relação ao alcance, a NFC funciona até 10 centímetros de distância entre um dispositivo e outro, enquanto o RFID pode variar de acordo com o modelo utilizado, chegando até a alguns metros de distância.
Falando de frequência, o RFID opera em várias, incluindo baixa frequência (LF), alta frequência (HF) e ultra alta frequência (UHF), entretanto a NFC funciona apenas em alta frequência (13.56 MHz), que é a mesma frequência usada pelo RFID HF.
O RDIF é utilizado para leitura de etiquetas e rastreamento de objetos, onde algumas etiquetas são ativas e outras passivas, por outro lado a NFC utiliza a comunicação bilateral, onde ocorre a troca de informação entre os dispositivos.
Em relação a padrões de segurança, o RFID é menos seguro, pois foi projetado para o rastreamento de itens o que a princípio não exigia tanta segurança, apesar de que os dispositivos mais modernos já melhoraram neste sentido.
Em contrapartida, a NFC foi criada para operações financeiras e atividades que exigem um melhor padrão de segurança.
Para escolher a melhor etiqueta é preciso definir os objetivos, ou melhor, qual será a sua aplicabilidade. Desenvolver análises, fazer os testes em produtos e determinar quais serão os materiais em que as etiquetas serão utilizadas para compreender melhor o tipo de tratamento das informações — assim como a frequência e a distância da leitura — é fundamental para a escolha da melhor etiqueta RFID.
Agora você já entende melhor o que é RFID e como essa tecnologia pode impactar nos processos logísticos. Sua importância se revela nas vantagens que oferece e nos diferenciais em relação ao código de barras. A utilização das tags RFID servem, portanto, para aumentar a sua competitividade do negócio no mercado globalizado.
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2 Comments
Olá, tudo bem?
Gostaria que você me tirassem uma dúvida que ainda não ficou claro com relação a tecnologia RFID, mesmo lendo vários artigos e sites.
Eu consigo localizar onde está um equipamento com está tecnologia?
Exemplo: No prédio da minha empresa a mesa/equipamento “X” que deveria estar no 1 andar foi colocado no 10 andar sem avisar. Eu consigo descobrir que ele está lá, sua localização com este sistema? (Tipo GPS).
Grato,
Dhian
Olá, Dhian!
A questão que você colocou é muito interessante! Em pesquisa identificamos que a tecnologia RFID ajuda nessa etapa de localização de itens, mas nos exemplos encontrados é utilizado um equipamento e a medida que você se afasta ou aproxima do item ele indica, então quanto mais se aproxima mais forte é o sinal sonoro ou barra e indicação no painel. No entanto, nesse sentido parecido com o GPS que mostra o ponto preciso em específico não encontramos nada parecido. Seguindo o exemplo do caso que apresentou seria preciso circular com o equipamento pelos andares até ter a indicação que o item estaria no décimo andar por extravio. Quando mais se aproximar do item mais forte a intensidade do sinal.
Nesse caso, talvez o ideal fosse a tecnologia do Real Time Location System (RTLS), em português, Sistema de Localização em Tempo Real. Essa é uma tecnologia que tem como objetivo monitorar e localizar itens, de maneira precisa e em tempo real. Essa ferramenta pode usar a RFID combinada as outras soluções e é de alta precisão.
Agradecemos pelo seu comentário e qualquer dúvida estamos a disposição!🙂