O frete é um importante componente nas vendas online. Muitas vezes, depende dele a decisão de compra do consumidor. Afinal, nem sempre compensa comprar uma mercadoria cujo frete é muito alto — principalmente, se o preço do frete supera o preço do próprio produto. Já para as transportadoras, é importante garantir que não haja prejuízo na prestação do serviço.
Portanto, os gestores de transporte precisam estudar bem o assunto, compreendendo o que entra na formação de preço no frete rodoviário. Leia nosso post e entenda também como é possível automatizar os cálculos para formar o preço do frete!
O frete rodoviário é o transporte de mercadorias que se realiza entre ou em cidades, estados e países. Nesse caso, são usadas as rodovias — por isso, o nome de “frete rodoviário”.
Quem se responsabiliza por essa atividade é a empresa de logística, a qual tem profissionais qualificados para trabalhar com cada tipo de carga, assegurando que chegue em segurança ao destino. Ela tem o dever de fazer a entrega no prazo.
O preço cobrado por esse serviço é o preço do frete rodoviário. E a sua composição está atrelada a diferentes fatores, como veremos agora.
A formação do preço no frete rodoviário envolve um cálculo complexo, o qual considera algumas variáveis para definir o que deve ser cobrado ao consumidor. Vejamos quais são essas variáveis:
O cálculo do frete rodoviário é baseado no peso da carga em quilogramas e no peso cubado, calculado em metros cúbicos.
O peso cubado consiste na relação entre o peso bruto e o volume ocupado pela carga no caminhão, considerando as dimensões dela.
O peso cubado garante à transportadora que ela não sofra prejuízos, cobrando frete muito baixo porque o transporte está cheio de produtos volumosos, mas leves. Ex: isopor, algodão etc.
Para compor o preço no frete rodoviário, se realiza uma equivalência entre um metro cúbico ocupado no veículo para cada 300 quilos de peso ocupado no limite.
O preço final do frete será cobrado respeitando o maior valor entre ambos: o peso do transporte ou o da cubagem.
Para simular os valores de frete-cubado insira os dados em nossa calculadora:
O frete-valor atua sobre o valor material da carga. Assim, para calcular, a transportadora deve considerar a nota fiscal das mercadorias que serão transportadas.
Trata-se de um valor calculado em percentual sobre o preço da carga, o qual pode ser mais alto quando as cargas são mais caras. Nesse caso, a carga requer vigilância mais cuidadosa, incluindo medidas mais seguras. Há também quem chame o frete-valor de ad-valorem.
Naturalmente, quanto mais distante for a entrega, haverá mais custos para abastecer o veículo e, consequentemente, maior o custo final do frete. Devemos lembrar que o diesel é o mais caro recurso no orçamento das transportadoras.
Trajetos mais longos envolvem outros tipos de gastos a mais que o combustível, como pneus, peças desgastadas e pedágios. O veículo ainda fica mais tempo destinado somente a um serviço.
Para fazer o cálculo dessa variável, é preciso apenas ter a informação sobre o destino da entrega: quanto mais longe o veículo for, o serviço custará mais caro.
Além das variáveis diretamente envolvidas no cálculo do preço do frete rodoviário, é também conveniente considerar outros fatores, como: impostos e cobranças; dificuldades de chegar ao cliente; necessidade de integração com outros modais. Entenda a seguir!
Alguns impostos podem ser incluídos na formação do preço do frete. O mais evidente é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Outro encargo que pode compor o preço é o pedágio. Quanto mais distante for a entrega, os gastos tendem a ser mais altos, podendo chegar a um valor considerável por viagem.
Há ainda algumas taxas no transporte que se referem à segurança da carga. Como por exemplo a GRIS, que é uma taxa que é criada para cobrir os custos com o transporte que exige medidas adicionais de segurança, tanto aquelas nos sentido de manter a integridade do item quanto evitar o roubo, por exemplo. Nesse sentido, podemos falar sobre cargas perecíveis e/ou cargas perigosas.
A GRIS incide sobre o preço da carga, sendo direcionada para assegurar um transporte mais rápido e mais dedicado, arcando assim por um veículo específico ou por determinadas embalagens.
Há também a possibilidade de incidirem taxas adicionais quando existem dificuldades para entregar o frete. Uma das taxas é a Taxa de Dificuldade na Entrega (TDE).
A TDE incide, entre outras coisas, sempre que existem restrições que tornam o serviço mais difícil. Portanto, ela pode ser aplicada quando há, por exemplo, obrigação do veículo parar muito distante do ponto de entrega, ou quando o destino da entrega envolve algum perigo para os profissionais e o veículo.
Outra taxa que pode encarecer o frete rodoviário é a taxa de reentrega. Ela é cobrada todas às vezes em que o cliente não pode receber a entrega quando o frete chega.
Em situações assim, é necessário fazer uma segunda tentativa e o cliente deve assumir uma taxa referente ao combustível a mais que foi gasto nesse novo deslocamento e pelo período que o veículo fica comprometido com a mesma entrega.
Algumas entregas podem não ser realizadas somente pelo modal rodoviário, ou seja, outro modal pode se fazer necessário. Algumas cidades, por exemplo, só são acessíveis por meio de vias aquáticas.
Em outros locais, o tráfego pelas rodovias pode ser muito arriscado, facilitando assim a ação de quadrilhas. Por isso, para minimizar os riscos, o transporte aéreo ou mesmo ferroviário pode ser uma solução. A inclusão dos gastos com o modal complementar precisa compor o preço do frete também.
Mostramos os principais elementos que interferem sobre o preço do frete rodoviário: frete-peso, frete-valor, quilômetros percorridos, taxas e impostos, dificuldade de acessar o cliente e necessidade de integração com outros modais.
É importante analisar cuidadosamente todas as variáveis para que a empresa não tenha prejuízos e para que o frete não fique muito alto para o cliente.
Atualmente as transportadoras podem contar como o apoio dos sistemas TMS. Esse tipo de solução foi criada especialmente para o setor de transporte, por isso a partir dela é possível construir tabelas de frete dos mais variados tipos. É possível, por exemplo, construir tabelas variáveis considerando faixas de peso ou de valor de mercadorias capturando dados direto das NF-es, segmentar por clientes, veículos ou rotas, dentre vários outros fatores. Além de facilitar o cálculo dos valores, essas tabelas são fundamentais para automatizar a emissão do principal documento do transporte de cargas que é o CTe ( Conhecimento de Transporte Eletrônico).
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